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Buscas encontram 2ª caixa-preta de avião que caiu na Indonésia em 2018

Aeronave sofreu acidente em outubro, pouco depois de decolar em Jacarta, matando as 189 pessoas a bordo. Investigações sofreram com falta de orçamento

Por Da Redação
Atualizado em 14 jan 2019, 10h16 - Publicado em 14 jan 2019, 10h15

No início desta segunda, 14, mergulhadores da Indonésia encontraram a segunda caixa-preta do voo da Lion Air que caiu no mar da capital Jacarta em outubro de 2018, matando as 189 pessoas a bordo. 

O acidente foi o primeiro envolvendo um Boeing Co 737 MAX e o recordista em número de vítimas no último ano. O conteúdo da caixa CVR, que gravava as conversas na cabine de pilotos da aeronave, será verificada ainda hoje pelos investigadores e oferecerá informações sobre as últimas ações da viagem.

“Nós temos nosso próprio laboratório e time especializado para isso”, disse à Reuters Haryo Satmiko, chefe do Comitê de Segurança dos Transportes. Satmiko disse que, em outros tempos, seriam necessários pelo menos três meses para baixar, analisar e transcrever o conteúdo das gravações.

A torre de controle perdeu contato com o voo JT610 13 minutos depois que ele saiu do aeroporto de Jacarta, no dia 29 de outubro, com destino a cidade de Pangkal Pinang.

O relatório preliminar do comitê de segurança de transporte questionou a manutenção da aeronave e treinamento dos comandantes, assim como respostas errôneas do sistema contra a desestabilização do Boeing e um sensor que havia sido recentemente trocado, mas não determinou a causa da queda.

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Um grupo de familiares das vítimas pediu que o comitê revele “tudo que foi gravado” e trabalhe de maneira independente. Um oficial da marinha da Indonésia, o tenente Agung Nugroho, disse à Reuters que um sinal fraco do gravador havia sido detectado alguns dias atrás e que ele foi encontrado profundamente enterrado em lama no fundo do mar, a pelo menos 30 metros de profundidade.

“Nós não sabemos quais danos podem existir, mas claramente ela está riscada”, declarou Nugroho sobre o estado da caixa-preta.

Fotos divulgadas por um funcionário da agência de segurança mostraram falhas na pintura laranja fluorescente da caixa, sem nenhum outro dano maior aparente.

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Nughoro também disse que restos mortais foram encontrados próximos ao paradeiro da CVR, a cerca de 50 metros do lugar em que a caixa-preta de dados de voo foi encontrada, três dias depois do acidente.

Na última semana, um navio passou a fazer buscas pelo equipamento depois que uma operação de 10 dias, que custou 2,7 milhões de dólares a Lion Air, não conseguiu encontrar o gravador. Impasses burocráticos e orçamentários atrapalharam as buscas iniciais.

A tecnologia da CVR foi projetada para emitir sinais acústicos por 90 dias depois de atingir a água, de acordo com o fabricante da caixa, L3 Technologies Inc. Isso significa que a partir de 27 de janeiro investigadores enfrentariam um problema bem maior para encontrar o equipamento, enterrado em meio aos destroços no solo marítimo.

Desde o acidente, a companhia aérea Lion Air enfrentou críticas quanto a seus padrões de manutenção e capacitação de profissionais. Familiares dos mortos abriram pelo menos três processos contra a fabricante Boeing.

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