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Mercosul manifesta apoio à Palestina com tratado de livre-comércio

Por Da Redação
20 dez 2011, 18h42

Montevidéu, 20 dez (EFE).- O Mercosul expressou nesta terça-feira seu apoio à Palestina com a assinatura de um tratado de livre-comércio, durante a 42ª cúpula de chefes de Estado do bloco, no que constitui o primeiro acordo deste tipo de um organismo de integração com os palestinos.

O acordo foi assinado em Montevidéu pelo ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, e pelos chanceleres dos quatro países-membros de pleno direito do bloco: Antonio Patriota (Brasil), Luis Almagro (Uruguai), Jorge Lara Castro (Paraguai) e Héctor Timerman (Argentina).

No evento, transmitido pelo circuito fechado de televisão da cúpula, também estavam presentes os presidentes das nações do bloco: Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) e Fernando Lugo (Paraguai). Também compareceu ao evento o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e pelo chanceler do país, Ricardo Maduro.

Cristina Kirchner participou do evento apenas alguns minutos após receber a notícia da morte do subsecretário de Comércio Exterior de seu governo, Ivan Heyn, que tinha ido ao Uruguai para participar da reunião.

A assinatura do convênio foi considerada do lado palestino como um ‘triunfo’ e uma clara mensagem de apoio a sua causa, mais que como um simples tratado comercial, disse à Agência Efe o ministro Maliki. ‘Este tratado se soma a todas as atividades de apoio à criação do Estado palestino que estão sendo dadas no mundo todo’.

O Mercosul, quarto maior bloco comercial do mundo e o maior produtor de alimentos, ‘tem uma dimensão muito grande’, declarou Maliki. ‘O fato de terem desejado assinar um tratado de livre-comércio conosco reflete seu apoio político. É uma vitória para nós’.

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O chanceler também se mostrou muito satisfeito pela rapidez das negociações do tratado, que duraram apenas um ano, o que, em sua opinião, reflete ‘o desejo do Mercosul de dar uma grande sinal pela Palestina’. ‘Estamos orgulhosos de ter tantos amigos na região’.

Quanto a sua aplicação comercial, Maliki assinalou que o governo palestino e os empresários desse território terão agora ‘que estudá-lo minuciosamente’ para poder explorar suas possibilidades e determinar os produtos da Palestina que interessam os países do Mercosul e vice-versa.

O texto do tratado é uma cópia do convênio assinado entre Mercosul e Israel em 2007, que entrou em plena vigência neste ano, e representa mais um passo no apoio da região ao estabelecimento de um Estado palestino, depois de os quatro países do grupo o terem reconhecido como tal entre dezembro de 2010 e março deste ano.

Segundo dados da Associação Latino-Americana de Integração do período 2001-2010, as exportações do Mercosul à Palestina cresceram de US$ 103 mil em 2003 para US$ 1,7 milhão em 2010, enquanto as importações totais chegaram a US$ 92 mil – todas estas foram compras da Argentina em 2009.

Antes da assinatura do documento, o embaixador palestino na Argentina, Walid Muaqqat, informou à Efe que, na segunda-feira, durante o encontro de chanceleres e ministros da Economia do bloco no Conselho do Mercado Comum prévio à cúpula do Mercosul, Maliki agradeceu aos países do grupo pela ajuda e considerou-a ‘um grande apoio para a economia palestina’.

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O ministro palestino faltou também sobre a situação no Oriente Médio. Maliki disse que ‘Israel continua sendo o grande obstáculo da paz’, pois, segundo ele, o Estado judaico continua ‘confiscando territórios palestinos e queimando mesquitas’. Em sua opinião, ‘falta seriedade’ a Israel ‘nas negociações para conseguir uma paz definitiva’.

Segundo o embaixador Walid Muaqqat, na reunião desta segunda-feira, o ministro brasileiro Antonio Patriota pediu aos demais chanceleres do bloco que incluam na declaração final da cúpula a exigência de ‘um maior envolvimento’ das nações do Mercosul no processo de paz Israel-Palestina.

‘Ele pediu para acrescentar esse parágrafo e (seus colegas) aceitaram’, destacou o embaixador, embora fontes diplomáticas uruguaias consultadas pela Efe não tenham confirmado a informação. EFE

amr/sa

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