Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Menina de 7 anos morre sob custódia de patrulha americana na fronteira

Criança da Guatemala viajava com o pai; médicos de El Paso indicaram que ela sofreu de choque séptico, desidratação e febre

Por Da Redação
Atualizado em 14 dez 2018, 15h59 - Publicado em 14 dez 2018, 11h36

Uma menina guatemalteca de 7 anos morreu por desidratação e exaustão horas depois de ser colocada sob custódia da patrulha de fronteira americana. Segundo a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), a família havia chegado aos Estados Unidos no dia 6, por meio de uma brecha na divisa com o México. A história só foi divulgada na quinta-feira 13.

De acordo com dados da CBP, a garota e seu pai foram detidos por volta de 22h do dia 6, ao sul de Lordsburg, no Novo México, como parte de um grupo formado por 163 pessoas entregue a agentes americanos.

Ainda segundo informações da alfândega, às 6h25 da manhã, horário local, a criança começou a sofrer convulsões. O atendimento de emergência, que chegou pouco depois, mediu sua temperatura corporal em 40 graus, e de acordo com comunicado do órgão, ela “não havia consumido água ou comida por alguns dias.”

Depois de ter sido levada de helicóptero para o hospital infantil Providence, em El Paso, no estado do Texas, a menina teve uma parada cardíaca e foi reanimada. “Contudo, a criança não conseguiu se recuperar e morreu no hospital menos de 24 horas depois de ser transportada”, disse a CBP.

Autoridades não divulgaram o nome da garota ou de seu pai, mas ele continua em El Paso aguardando encontro com autoridades do consolado da Guatemala. A agência federal declarou em nota que “está investigando o incidente para assegurar que políticas apropriadas sejam seguidas.”

Comida e água são normalmente oferecidos a migrantes sob custódia da Patrulha de Fronteira, e não ficou claro se a garota recebeu provisões e passou por exame médico antes de convulsionar.

“Nossas mais sinceras condolências a família da criança”, disse o porta-voz da CBP, Andrew Meehan, em uma nota ao The Washington Post.

“Os agentes da patrulha de fronteira adotaram todas as medidas possíveis para salvar a vida da criança sob condições muito desafiadoras”, acrescentou Meehan, “como pais e mães, irmãos e irmãs, somos empáticos a perda de qualquer criança.”

Continua após a publicidade

Embora a autópsia ainda leve algumas semanas, os médicos de El Paso indicaram que a menina sofreu de choque séptico, desidratação e febre.

União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) culpou a “falta de prestação de contas, e cultura de crueldade dentro da CBP” pela morte da garota. “O fato de que demorou uma semana para que essa história se tornasse pública mostra a necessidade de transparência para a agência. Pedimos uma investigação rigorosa de como essa tragédia aconteceu e sérias reformas para prevenir futuras mortes”, disse Cynthia Pompa, advogada do Centro de Direitos de Fronteira da ACLU. 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.