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Médico recebe terceira pena de prisão perpétua pela morte de bebê

Kermit Gosnell fez um acordo na terça-feira para não pegar a pena capital pelo assassinato de outros dois bebês em sua clínica de abortos na Filadélfia

Por Da Redação
15 Maio 2013, 17h44

O médico Kermit Gosnell, de 72 anos, recebeu nesta quarta-feira mais uma pena de prisão perpétua pelo assassinato de um terceiro bebê em sua clínica de abortos, na Filadélfia (Pensilvânia). Ele já havia recebido outras duas sentenças deste tipo durante uma audiência na terça-feira. Para escapar da pena de morte, o doutor “concordou em abrir mão de todos os direitos de apelação em troca de uma condenação à prisão perpétua sem a possibilidade de concessão de liberdade condicional no lugar de uma pena de morte”, segundo a CNN.

Gosnell também ouviu nesta quarta-feira as sentenças referentes a outros delitos cometidos em sua clínica. Ele recebeu cinco anos pelo homicídio culposo de uma paciente de 41 anos que morreu por overdose de sedativos, além de 20 anos por conspirar na morte de dois bebês e comandar uma organização corrupta. O júri também considerou o médico culpado por infringir leis do estado da Pensilvânia, como realizar 21 abortos após 24 semanas de gestação. As denúncias, contudo, não receberam uma punição, pois Gosnell já havia sido condenado à prisão perpétua.

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O júri, composto por sete mulheres e cinco homens, dividiu opiniões sobre como os abortos devem ser tratados em solo americano. O jurado Joseph Caroll adotou uma postura radical contra as mulheres que manifestaram o desejo de abortar. “Elas deveriam ser condenadas por abortar tardiamente. Uma mulher sabe quando está grávida”, disse. Já a jurada Sarah Glinski defendeu a causa. “Infelizmente, o aborto assume o protagonismo em um julgamento como esse. Mas esse caso não trata de abortos, e sim do assassinato de crianças”, ponderou.

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O julgamento do médico durou mais de dois meses e mobilizou os ativistas contrários à prática de abortos nos Estados Unidos. Até mesmo o presidente Barack Obama tomou parte na delicada questão e criticou em um recente discurso as restrições impostas aos abortos em alguns estados.

O crime – Gosnell foi descoberto pela polícia após a sua clínica ser alvo de uma investigação contra o tráfico de drogas. As autoridades descobriram restos dos fetos abortados dentro de garrafas d’água e tigelas de animais, guardadas em um congelador na clínica, além de instrumentos não esterilizados e profissionais sem licenças médicas – até mesmo um adolescente que não tinha entrado na faculdade aplicava anestesias e fazia cirurgias.

Testemunhas disseram que Gosnell e seus assistentes mataram ao menos três bebês que nasceram vivos com golpes de tesoura na coluna. A sentença desta quarta-feira diz respeito ao homicídio do primeiro recém-nascido, o qual Gosnell teria classificado como “um bebê grande o bastante para conduzi-lo ao ponto de ônibus”. Outras oito pessoas que trabalhavam na clínica se consideraram culpadas e aguardam a sentença na prisão. Entre os réus está a mulher do médico, Pearl, que ajudou a realizar alguns abortos ilegais.

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