Matador, tigre de Putin cruza a fronteira e ataca fazenda na China
Dois animais, que fazem parte de programa de conservação incentivado pelo presidente russo, fugiram para o território chinês e estão sendo monitorados. Um deles foi acusado de matar cabras
Um tigre libertado na selva pelo presidente russo Vladimir Putin, é apontado como responsável pela misteriosa morte de cabras no nordeste da China. Ustin é um dos três tigres siberianos soltos pelo presidente em maio deste ano na região de Amur, no extremo leste da Rússia, como parte de um programa de preservação da espécie.
Depois de vagarem durante meses na floresta, dois tigres acabaram atravessando a fronteira e entraram na China, em um episódio que inspirou brincadeiras sobre a ‘deserção’ dos animais. No início deste mês, Putin visitou Pequim durante o fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Não se sabe se o tema selvagem foi incluído na agenda de discussões com Xi Jinping.
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A fazenda atacada fica em uma ilha do rio Amur, não muito longe da divisa. Duas cabras foram mortas e três estão desaparecidas, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.
Especialistas que analisaram as pegadas e os restos deixados no local após o ‘massacre’ salientaram que os ossos das cabras foram partidos por mordidas “poderosas”, que deixaram marcas do tamanho de um dedo humano. O outro tigre que foi para a China, chamado Kuzya, teria atacado um galinheiro.
As autoridades chinesas já estavam em busca dos tigres desde o mês passado – os animais possuem dispositivos de rastreamento e são monitorados por especialistas. O temor é que acabem virando alvo de caçadores.
Nesta quarta, Zhu Shibing, especialista em vida selvagem da Universidade Florestal do Nordeste da China, alertou que os moradores da região devem manter distância se encontrarem os animais e não devem atirar comida.
Restam aproximadamente vinte tigres siberianos na China. Na Rússia, Putin tem se mantido envolvido em esforços de recuperação e conservação da espécie. Estima-se que até 500 animais vivam no país.
(Com agências EFE e Reuters)