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Extrema direita comemora a vitória de Trump

A reação de Le Pen foi uma das primeiras na Europa ao resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos

Por Da redação
Atualizado em 9 nov 2016, 09h36 - Publicado em 9 nov 2016, 06h16

Políticos da extrema direita europeia gostaram da escolha dos eleitores americanos. A líder ultradireitista francesa Marine le Pen felicitou nesta quarta-feira o republicano Donald Trump por sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. “Felicitações ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo americano livre”, afirma o tweet de felicitação de Marine le Pen divulgado em sua rede social.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e o presidente tcheco, Milos Zeman, frequentemente criticados por seus discursos de direita populista, também expressaram seu apoio ao magnata americano. Há “um medo de mudança, um medo ‘do outro’, um medo da ‘contaminação cultural'”, explicou Jeremy Shapiro, diretor de investigação do European Council on Foreign Relations. Todos estes partidos de extrema direita denigrem as “elites político-financeiras e a globalização, considerada por eles uma fraude inventada pelos ricos”.

No Reino Unido, que recentemente também enfrentou uma votação surpreendente, o líder do partido de direita populista Ukip, Nigel Farage, afirmou que a vitória do republicano “é maior que o Brexit”. “Não estou particularmente surpreso porque a classe política é vilipendiada em grande parte do Ocidente, a indústria de pesquisas está falida e a imprensa simplesmente não acordou com o que está acontecendo no mundo”, completou Farage.

“Passo o bastão a @RealDonaldTrump! Muitas felicitações. Foi uma campanha muito corajosa”, tuitou o líder do partido antieuroepeu e antimigração Ukip, que aconselhou o candidato republicano e participou em vários comícios do magnata nas últimas semanas.

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Mal-estar social — Para John Judis, autor do livro “A explosão populista”, a grande crise financeira que explodiu há uma década preparou o terreno para esta ascensão populista. “A desaceleração e o aumento das desigualdades criaram muito ressentimento” contra os que governam. E este sentimento se amplifica diante da onda de migrantes que chegaram à Europa e à ameaça terrorista. “A imigração é o principal fator” desta ascensão, sobretudo “pelo peso que pode ter sobre o sistema de saúde e de educação” nos países de chegada.

Vários analistas, entre eles Shapiro, encaram esta ascensão nacionalista como um desafio direto à União Europeia e às instituições internacionais em geral. Durante sua campanha, Trump se mostrou crítico a várias instituições internacionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Outras reações — O dirigente máximo do partido de extrema direita holandês PVV, Geert Wilders, também felicitou o republicano. “Parabéns Donald Trump. Tua vitória é histórica e para todos nós”, disse Wilders em mensagem na rede social Twitter. O líder holandês se referiu à vitória de Trump como uma “revolução”. “Nós também devolveremos nosso país aos holandeses”, acrescentou em referência ao lema que o candidato do partido republicano utilizou em sua campanha eleitoral para chegar à Casa Branca.

Na Itália, o diretor do partido de extrema-direita Liga Norte, Matteo Salvini, afirmou que a vitória do republicano Donald Trump significa “a revanche do povo” contra os banqueiros, os especuladores, as pesquisas e os jornalistas. “O povo ganha os poderes fortes por 3 a 0”, disse o líder do partido xenofóbico italiano em entrevista “.

Não de maneira inesperada, o polêmico presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, também felicitou Trump e expressou seu desejo de “melhorar as relações” entre ambos países. As tradicionais boas relações dos EUA e Filipinas atravessam um momento delicado sob a presidência de Duterte, que começou em 30 de junho para um mandato de seis anos. Duterte, inclusive, xingou o presidente Barack Obama de “filho da p***”.

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(Com agências EFE, Reuters e AFP)

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