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Marcha reúne 450 mil pessoas por independência da Catalunha

Presidente do governo espanhol pediu destituição do governo regional e novas eleições

Por da Redação
21 out 2017, 17h47

Cerca de 450 mil separatistas catalães saíram às ruas neste sábado, em Barcelona, para exigir declaração de independência pelo presidente regional, Carles Puigdemont, presente na manifestação, em retaliação à Madri.

Mais cedo, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou que irá pedir ao Senado a destituição do governo autônomo da Catalunha, a limitação das funções do Parlamento regional e a convocação de eleições locais antecipadas em, no máximo, seis meses. A intervenção implicará no afastamento dos conselheiros, do vice-presidente catalães, além do próprio Puigdemont — que lidera a campanha para se divorciar de Madri e corre o risco de ser processado caso, numa ousada e muito pressionada retaliação, declare a independência efetiva unilateralmente.

Os manifestantes entoavam gritos de “liberdade!” e “independência” nesta tarde, durante protesto que, originalmente, havia sido convocado para pedir a liberação de dois líderes independentistas que estão presos por suspeitas de sedição. Mas a declaração do presidente do governo espanhol acabou dando um tom ainda mais forte à marcha.

“É hora de declarar a independência!” — disse Jordi Baltá, de 28 anos, que não acredita que haja espaço para o diálogo entre Madri e Barcelona, ao contrário do que pede a comunidade internacional.

Respaldadas pelo artigo 155 da Constituição, as medidas punitivas provavelmente serão aprovadas pela maioria absoluta dos senadores espanhois na próxima sexta-feira. A proposta de Rajoy é que qualquer decisão do governo catalão deve, de agora em diante, submeter-se ao governo central, e ele mesmo terá poder de veto.

Puigdemont participou da manifestação, e a sua chegada foi recebida com gritos de apoio. Ao seu lado, estavam os outros membros do Executivo catalão, também ameaçados pela declaração de Rajoy.

O protesto se estendia por pelo menos quatro ruas do centro de Barcelona, incluindo o Paseo de Gracia, uma das mais importantes avenidas da cidade. Como de costume, a bandeira predominante era a ‘Estelada’, símbolo do sentimento secessionista catalão. A cada vez que sobrevoava um helicóptero da polícia espanhola, os manifestantes gritavam insultos às forças de segurança.

“Nos sentimos catalães e o sentimento de ser espanhol já não existe. O povo catalão está completamente desconectado das instituições espanholas e, sobretudo, do que é o Estado espanhol”, disse outro manifestante, Ramón Millol, um mecânico de 45 anos.

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Com Agências

 

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