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Manifestantes detidos em Hong Kong vão responder em liberdade

Tribunal libertou sob fiança 43 dos 44 acusados pelo crime de 'desordem'; processo deve continuar nos próximos meses

Por Da Redação
Atualizado em 31 jul 2019, 09h50 - Publicado em 31 jul 2019, 09h31

Um tribunal de Hong Kong libertou nesta quarta-feira, 31, após o pagamento de suas respectivas fianças, 43 dos 44 acusados de “desordem” por sua participação nas manifestações pró-democracia na ex-colônia britânica.

Uma ordem de detenção foi emitida contra o outro indiciado, que não compareceu à audiência.

Ao todo, 49 manifestantes foram presos por participarem de um protesto não autorizado no domingo passado. Destes, 44 foram acusados pelo crime de “desordem”, que pode ser punido com até dez anos de prisão.

Além da acusação, um dos detidos também foi indiciado por agressão contra um agente da polícia durante os protestos.

Entre os presos, quatro ainda não foram acusados formalmente: dois estão em liberdade sob fiança enquanto são investigadas e os outros dois “temporariamente liberados”.

As 43 pessoas soltas nesta quarta sob fiança terão que cumprir um toque de recolher entre meia-noite e seis da manhã e estão proibidos de sair de Hong Kong enquanto aguardam o restante do processo. Apenas dois homens, um funcionário de um lar de amparada para crianças e um piloto da companhia aérea Cathay Pacific, foram isentos de seguir as restrições.

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Os manifestantes indiciados pareciam tranquilos ao comparecer, um após o outro, diante do juiz que abriu oficialmente o processo.

A maioria dos detidos têm menos de 30 anos, e entre eles há uma mulher de 16 anos. A próxima audiência judicial do caso foi marcada para 25 de setembro.

Centenas de simpatizantes se reuniram hoje às portas do tribunal em apoio aos manifestantes presos, apesar das fortes chuvas e do alerta pela chegada do tufão Wipha. Os apoiadores gritavam palavras de ordem como “Não há revolta, só tirania” e “Recuperem Hong Kong”.

A polícia advertiu no domingo que os manifestantes incorriam em um crime de manifestação ilegal, penalizado com entre três e cinco anos de prisão. Porém, “após investigar e receber conselho legal”, a instituição anunciou ontem à noite que acusava formalmente 44 dos detidos de revolta, que acarreta penas mais graves, dentre cinco e dez anos de detenção.

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No domingo, as autoridades tinham autorizado um comício, mas não uma passeata, o que não impediu que milhares de pessoas inundassem as ruas do distrito financeiro da ilha de Hong Kong. Alguns manifestantes atacaram os policiais com tijolos e outros objetos, e estes responderam disparando bombas de gás lacrimogêneo.

Ao final dos protestos, além dos 49 detidos, as autoridades informaram que 16 pessoas tinham ficado feridas.

Outras sete tiveram que ser atendidas ontem depois que um carro lançou fogos de artifício contra um grupo de manifestantes perto de uma delegacia em um bairro periférico do território.

A mobilização em Hong Kong, que começou no início de junho com a rejeição de um projeto – agora suspenso – de autorizar extradições para a China continental, ampliou-se para denunciar uma redução das liberdades desde a retrocessão do território à China em 1997.

A chefe de governo local, Carrie Lam, não tem dado sinais de querer reverter sua política ou adotar medidas exigidas pelos manifestantes, além da suspensão da polêmica lei de extradição.

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(Com EFE)

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