Cairo, 12 nov (EFE).- A embaixada da Arábia Saudita em Damasco foi atacada neste sábado por manifestantes partidários do regime sírio em protesto contra a decisão da Liga Árabe de suspender a participação da Síria neste órgão, informou a agência saudita ‘SPA’.
Em um breve comunicado, a ‘SPA’ assinalou que os manifestantes chegaram a quebrar as janelas da Embaixada saudita para tentarem entrar no prédio, fato que não ocorreu.
No Facebook, os grupos opositores sírios destacaram que os participantes do protesto colocaram uma bandeira síria em cima da sede diplomática. Previamente, centenas de sírios já estavam na frente da embaixada saudita para se manifestarem e lançar pedras, segundo a ‘SPA’.
Com medo da situação de instabilidade na Síria, a Arábia Saudita já havia retirado seu embaixador de Damasco dia 7 de agosto. A retirada do embaixador também foi um sinal de protesto contra a repressão adotada pelo presidente Bashar al Assad, que respondia com violência as revoltas iniciadas no mês de março.
A Liga Árabe decidiu neste sábado, com uma relevante participação da delegação saudita, suspender à Síria da organização, além de exigir novas sanções econômicas e políticas contra o regime de Assad, que considerou a decisão ‘nula’ e submetida aos interesses americanos.
A organização pan-árabe adotou a resolução, que era a principal reivindicação da oposição ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad, em uma reunião extraordinária envolvendo os ministros de Relações Exteriores árabes. O encontro foi realizado na sede da organização, no Cairo.
Após a decisão, ‘dezenas de milhares de sírios’, segundo uma informação da agência síria ‘Sana’, se concentraram nas praças de Damasco e várias cidades do país para expressar sua revolta com a Liga Árabe e apoiar ‘o programa de reformas adotado pelo presidente Bashar al Assad’.
Segundo a ‘Sana’, milhares de pessoas se manifestaram na frente da Embaixada do Catar, cujo ministro das Relações Exteriores lidera a comissão da Liga Árabe para a crise síria. Com uma série de cartazes, os manifestantes consideravam a suspensão como uma ‘ingerência flagrante’ nos assuntos internos do país. EFE