Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Malvinas serão nossas em 20 anos, diz chanceler argentino

Em entrevista ao jornal britânico 'The Guardian', Héctor Timerman afirma que nenhum país do mundo apoia a Grã-Bretanha no direito de governar as ilhas

Por Da Redação
5 fev 2013, 13h04

Em visita a Londres pela primeira vez, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, descartou uma solução militar para a disputa de 180 anos pela soberania das Malvinas (Falklands, para os ingleses), mas afirmou que a Argentina conseguirá recuperar as ilhas “em menos de 20 anos”.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o chanceler acusou a Grã-Bretanha de ser motivada por um “desejo fanático” de dominar as ilhas, mas que o mundo cada vez mais se convence de que o arquipélago é produto do “colonialismo” e de que é direito dos argentinos governá-lo. “Não acho que levará 20 anos. Acho que o mundo está em um processo no qual cada vez entende mais que esta é uma questão colonial, e que as pessoas que vivem lá foram transferidas para as ilhas”, disse.

O chanceler argentino descartou uma reunião prevista para esta semana com seu homólogo William Hague depois que o governo britânico exigiu a presença de representantes das ilhas. Timerman, que fica em Londres até esta quarta, ainda deve se reunir na embaixada argentina com 18 grupos europeus que apoiam a posição argentina sobre as Malvinas.

O Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha expressou “profundo desapontamento” com a decisão da Argentina, mas reforçou que o governo britânico considera “impensável” que representantes das Falklands não participem do encontro.

Perguntado se não seria melhor desenvolver uma relação com os habitantes da ilha como forma de chegar a um acordo, o chanceler cravou: “Não tenho que persuadir ninguém. A ONU já deixou claro que o conflito é entre a Grã-Bretanha e a Argentina. Temos que aplicar as leis internacionais e aceitar as resoluções”, disse ao Guardian.

Continua após a publicidade

Por outro lado, Timerman prometeu que os interesses dos habitantes da ilha seriam protegidos sob o governo argentino, incluindo “seu jeito de viver, sua língua e o direito de permanecer cidadãos britânicos”. Porém, se recusou a discutir com o entrevistador a possibilidade de soberania conjunta das ilhas, dizendo que esse tipo de negociação só poderia ser feita diretamente com o governo britânico.

A presidente Cristina Kirchner passou a reclamar a soberania sobre as ilhas com mais vigor desde o aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, em abril do ano passado. O arquipélago é administrado pela Grã-Bretanha desde 1833.

Em março, uma consulta popular com os cerca de 3.000 habitantes do arquipélago deverá definir o status político das Malvinas, território ultramarino britânico. Timerman rejeita o referendo, que para ele “não significa nada”. “Não há nenhum país no mundo que apoia o direito da Grã-Bretanha de governar as Malvinas. Nenhum”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.