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Malásia investiga se houve falha de segurança no aeroporto de Kuala Lumpur

Além da Malásia, China e Vietnã fazem operação no Mar da China Meridional para tentar achar Boeing 777 da Malaysia Airlines que sumiu dos radares durante voo entre Kuala Lumpur e Pequim, na sexta-feira, com 239 pessoas a bordo

Por Da Redação
9 mar 2014, 08h07

(Atualizada às 13h05)

Diante da dificuldade de encontrar uma explicação para o desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, autoridades da Malásia estudam agora a possibilidade de falha de segurança no aeroporto internacional de Kuala Lumpur. Estão sendo examinadas gravações de câmeras de segurança e oficiais de imigração e guardas do aeroporto estão sendo interrogados. As suspeitas de que o voo, que desapareceu na noite de sexta-feira com 239 pessoas a bordo, foi sequestrado ou alvo de explosão cresceram depois que autoridades descobriram que pelo menos dois passageiros usaram passaportes roubados.

As autoridades da Malásia anunciaram neste domingo que as equipes de resgate ampliaram a área de busca nas águas do Golfo da Tailândia após informarem que o Boeing 777 da Malaysia Airlines pode ter dado um giro na rota antes de desaparecer na noite de sexta-feira. O ministro da Defesa e de Transportes, Hishammuddin Hussein, disse que todas as possíveis razões dessa “meia-volta” dada pelo avião estão sendo estudadas no momento. “O desaparecimento do MH370 não é algo que possamos analisar superficialmente e não podemos descartar nenhuma possibilidade. As agências de inteligência de países relevantes foram informadas e compartilharemos a informação à medida que a investigação avançar”, disse Hishammuddin.

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Em entrevista coletiva, autoridades da Aviação Civil e das Forças Armadas malaias disseram que os radares confirmam que o avião realizou essa manobra de giro, mas que não houve nenhuma comunicação do piloto informando o porquê da decisão, como estabelece o protocolo de procedimentos.

Também na manhã deste domingo, um avião da marinha vietnamita avistou um objeto em águas ao sul do país. Autoridade de Aviação Civil do Vietnã informou que está muito escuro para se ter certeza que o objeto é parte do avião desaparecida. Dois navios serão enviados nesta segunda-feira para o local, no limite entre as águas territoriais vietnamitas e malaias. Foi nesta mesma zona do Mar da China Meridional que traços de combustível foram descobertos no sábado.

Na sexta-feira, o voo MH370, com 227 passageiros e 12 tripulantes de treze nacionalidades, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo perto da província de Ca Mau, no extremo sul do Vietnã, a caminho de Pequim. A aeronave deveria ter contactado a torre de controle da cidade de Ho Chi Minh, mas não o fez.

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Segundo a companhia aérea, o avião não alertou qualquer problema durante o trajeto. Não houve relatos de mau tempo e nenhuma indicação sobre por que o Boeing desapareceu das telas de radares cerca de uma depois de ter decolado de Kuala Lumpur. Em seguida, o ministério da Defesa vietnamita lançou uma missão de socorro em parceria com a Malásia e a China.

Pequim enviou navios de patrulha para que rastreassem a área, enquanto a Malásia mobilizou um avião, dois helicópteros e quatro navios para realizar as buscas em uma área do Mar da China Meridional. As Filipinas enviaram três navios da Marinha e aviões de vigilância, e Singapura destacou uma aeronave em missão de busca.

Local do acidente

O voo – O Boeing 777-200 deixou Kuala Lumpur logo após a meia-noite de sexta-feira, com previsão de chegada a seu destino às 6h30 de sábado no horário local (19h30 de sexta, em Brasília). O voo passaria ao controle de tráfego aéreo de Ho Chi Minh às 17h22 GMT (14h22 de Brasília), mas não apareceu.

“Nossos pensamentos e orações estão com os passageiros envolvidos, a tripulação e os membros de suas famílias”, declarou o diretor da companhia Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari. “Nossa prioridade agora é trabalhar com as equipes de resgate e as autoridades.”

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Segundo a Malaysian Airlines, o Boeing transportava 153 chineses, 38 malaios, 7 indonésios, 6 australianos, quatro americanos, quatro franceses, dois canadenses, dois ucranianos, dois neozelandeses, um austríaco, um russo, um holandês e um taiuanês. Havia duas crianças a bordo.

“Estamos muito preocupados com estas informações”, declarou o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, em um comunicado. “Esperamos que todos eles estejam salvos. Estamos fazendo tudo o que pudermos para obter mais detalhes.”

O ministro francês dos Transportes, Frédéric Cuvillier, ofereceu neste sábado às autoridades vietnamitas e malaias ajuda da França nas buscas do avião desaparecido. “O Gabinete de Investigação de Acidentes está à disposição para fornecer ajuda.”

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Desespero – No Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, os familiares dos passageiros esperam ansiosamente notícias. Hamid Ramlan, um policial da capital da Malásia, disse que no voo viajavam sua filha de 34 anos e seu genro de 24, para passariam as férias em Pequim. “Minha esposa não para de chorar. Todo mundo está triste. Minha casa tornou-se um lugar de luto”, disse. “É a vontade de Deus, temos de aceitá-la.”

Em Pequim, os familiares dos passageiros também esperavam por notícias. “Eles são inúteis. Não sei por que você não dão nenhuma informação”, disse um jovem indignado, referindo-se à companhia aérea.

Companhia aérea – A Malaysia Airlines (MAS) é considerada uma das companhias mais seguras da região, com registro de poucos acidentes. O mais grave foi em 1977, quando um avião caiu no sul da Malásia, matando os 93 passageiros e os sete membros da tripulação.

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Um novo acidente seria uma péssima notícia para a empresa, que vem perdendo dinheiro ante a concorrência de companhias de baixo custo como a AirAsia. Em 2012, a Malasya admitiu estar “em crise” financeira e registrou seu quarto trimestre consecutivo de perdas no final do ano passado.

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