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Mais de 90% votam por anexar Crimeia à Rússia, indica pesquisa

Resultado oficial será divulgado apenas na segunda-feira. Estados Unidos e União Europeia afirmam que não reconhecerão o referendo

Por Da Redação
16 mar 2014, 15h45

Pesquisa boca-de-urna realizada pela agência russa de notícias RIA indica que 93% dos que participaram do referendo deste domingo votaram pela anexação da região da Crimeia à Rússia. O resultado oficial da votação, encerrada às 20 horas locais (15 horas em Brasília), será divulgado apenas na manhã desta segunda-feira. Outra pesquisa, realizada pela agência russa Interfax, indica que a participação na votação superou 80%. A pesquisa boca-de-urna citada pela RIA foi conduzida pelo Instituto de Pesquisa Política e Social da Crimeia.

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O referendo não permitia à população local optar por manter a região em seu atual status – as perguntas eram apenas duas: se a Crimeia deveria voltar a integrar o território russo ou se a região deveria adotar novamente a Constituição de 1992, quando tinha muito mais autonomia em relação à Ucrânia.

O primeiro-ministro pró-Moscou da Crimeia, Serguei Axionov, afirmou à Interfax que pedirá nesta segunda-feira, em uma sessão extraordinária do parlamento, a incorporação da região à Rússia. “Faremos tudo o mais rapidamente possível, embora cumprindo todos os requisitos legais”, disse Axionov, após a pesquisa apontar que a maioria dos participantes votaram pela anexação.

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De acordo com o vice-primeiro-ministro do governo da Criméia, Rustam Temirgalev, os moradores da península poderão receber o passaporte russo, a permissão de dirigir e outros documentos pelo “procedimento de urgência”, tão logo o pedido de incorporação seja aceito pela Rússia.

A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética cedeu o território à Ucrânia em 1954, por decisão de Nikita Krushceov. Moscou, no entanto, manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro. A população em sua maioria fala russo e é favorável à anexação. As minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, pediram o boicote do referendo.

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Estados Unidos e União Europeia afirmaram que não reconhecerão o resultado do referendo, considerado ilegal pelas autoridades da Ucrânia. Em comunicado, a Casa Branca criticou duramente a ação do governo russo. “Passamos há muito tempo dos dias em que a comunidade internacional se calava quando um país se apoderava à força do território de outro”, afirma a nota. O governo americano classifica a postura de Moscou como “perigosa e desestabilizadora”.

Segundo o conselheiro da Casa Branca Dan Pfeiffer disse em uma entrevista para a emissora NBC, os Estados Unidos apoiam o novo governo da Ucrânia “de todas as maneiras possíveis” e essa relação está no topo da lista de prioridades do presidente Barack Obama. Mesmo assim, uma ajuda de 1 bilhão de dólares prometida ao governo ucraniano ainda está paralisada, em função de um impasse no Congresso americano.

Pfeiffer disse que Putin ainda tem uma escolha: “Ele vai continuar se isolando ainda mais, prejudicando sua economia, diminuindo a influência russa no mundo, ou vai fazer a coisa certa?”, comentou.

(Com agência Reuters)

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