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Mais de 500 apoiadores de Mursi são condenados à morte no Egito

Ainda cabe recurso contra as sentenças. Réus foram acusados pela morte de um policial durante confrontos em agosto do ano passado

Por Da Redação
24 mar 2014, 14h43

Um tribunal do Egito condenou à morte 529 apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi nesta segunda-feira. A sentença teve como base a morte de um policial durante ataques a delegacias e prédios do governo, em agosto do ano passado. Ainda cabe recurso.

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A mesma corte penal de Minia, no sul da capital, vai julgar outros 683 réus nesta terça, incluindo o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o chefe do braço político do grupo, Saad al-Katatny. Desde a queda de Mursi, em julho do ano passado, milhares de membros do grupo radical islâmico que levou seu integrante ao poder, em 2012, foram detidos.

Apenas 147 dos acusados estão presos. Os demais foram julgados à revelia. As detenções ocorreram em agosto do ano passado, quando as forças de segurança retiraram apoiadores do ex-presidente que haviam montado um acampamento em uma praça no Cairo. A ação deixou centenas de mortos.

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Dezesseis pessoas foram absolvidas depois que seus advogados alegaram que elas não tiveram direito a uma defesa apropriada antes do julgamento. Familiares e advogados reclamam de erro judicial nas condenações. “A sessão demorou cinco minutos e, nesse tempo, nenhum dos advogados foi ouvido – nem mesmo promotores”, criticou um homem, filho de um dos condenados, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

“Esse veredicto é um desastre. Anunciá-lo na segunda sessão de um julgamento significa que o juiz não ouviu a defesa ou avaliou as provas. Isso vai contra os princípios básicos da criminologia”, afirmou Mohamed Zaree, chefe do Instituto para Estudos de Direitos Humanos do Cairo.

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Segundo as autoridades do país, pelo menos 16.000 simpatizantes do grupo foram detidos desde a queda de Mursi. Organizações de direitos humanos, no entanto, dizem que o número de detidos chega a 23.000 e afirmam que muitos foram torturados nas prisões.

Ativista liberado – O ativista secular Alaa Abdel-Fattah, um dos líderes dos protestos que resultaram na queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011, no início da revolta no Egito, foi liberado sob fiança no domingo. Ele é acusado de organizar um protesto sem permissão e de atacar policiais. O julgamento – que envolve 25 réus – deverá ser retomado no dia 6 de abril.

(Com agência EFE e Estadão Conteúdo)

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