Mais de 2.000 migrantes que tentavam chegar à Itália a bordo de cinco precárias embarcações de madeira foram encontrados e resgatados, neste sábado, no litoral líbio. As informações são da guarda costeira italiana e da organização não-governamental Momas (sigla em inglês para Migrant Offshore Aid Station, algo como Estação de Socorro a Migrantes no Mar), com sede na ilha de Malta.
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“A Moas coordenou o resgate de mais de 2.000 pessoas juntamente com navios italianos, irlandeses e alemães”, divulgou a ONG por meio do Twitter. O navio italiano Driade resgatou 560 migrantes, incluindo mulheres e crianças, após um barco de contrabandistas apresentar problemas. Já o navio irlandês LE Eithne resgatou 310 pessoas, incluindo 39 menores de idade, que estavam em uma embarcação a 50 quilômetros ao norte da costa da Líbia. Na sexta-feira, o LE Eithne já havia resgatado 113 pessoas. Navios e helicópteros britânicos também auxiliaram na operação.
O número de pessoas que tentam atravessar o Mediterrâneo transportadas por traficantes cresceu 10% nos primeiros cinco meses de 2015. A expectativa é de que, este ano, o balanço seja maior do que o de 2014, quando 170.000 migrantes chegaram à costa italiana.
A guarda costeira da Itália, que coordena os esforços italianos de resgate, não pôde confirmar o número de imigrantes que tinham sido salvos até o momento, mas disse que cerca de uma dúzia de barcos tinham sido informados e operações de resgate estavam em andamento. A Itália tem pressionado parceiros europeus a fazer mais pelo resgate e abrigo de migrantes, que fogem da pobreza e conflitos na África, Oriente Médio e Ásia.
(Da redação com agências France-Presse, Reuters e Estadão Conteúdo)