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Mais de 200 detidos em confrontos no Cairo vão responder a acusações

Conflitos na última segunda-feira deixaram mais de 50 mortos. Mais de 600 pessoas foram presas

Por Da Redação
10 jul 2013, 20h08

O Exército egípcio afirmou nesta quarta-feira que 206 pessoas detidas durante os conflitos de segunda-feira responderão a acusações de posse ilegal de arma de fogo, homicídio culposo (sem intenção de matar) e atos de violência, informou a rede americana CNN. Os suspeitos serão mantidos sob custódia por 15 dias enquanto ocorrem as investigações. Mais de 600 pessoas foram presas na última segunda, quando manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança. Houve mais de 50 mortos. A notícia sobre as acusações vem no momento em que os militares tentam demonstrar que são uma força de estabilização para um país dividido.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, pouco mais de um ano depois de ele assumir o poder.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

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O presidente Mohamed Musi foi deposto há uma semana e desde então a Irmandade Muçulmana tem convocado protestos a favor do ex-presidente e se recusado a reconhecer as ações do governo de transição. Nesta quarta, o ministro interino de Relações Exteriores, Mohamed Kamel Amr afirmou que Mursi – que foi detido no momento de sua deposição – está em um lugar seguro e que nenhuma acusação foi apresentada contra ele ainda. Os conflitos de segunda-feira ocorreram em frente ao quartel-general da Guarda Republicana, onde os apoiadores do presidente deposto acreditam que ele está detido.

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Também nesta quarta, o primeiro-ministro interino, Hazem el-Beblawi, disse que deverá formar um gabinete até a próxima semana. “As conversas estão em andamento com diferentes candidatos e eu espero que nós finalizaremos a formação na próxima semana”, disse à agência Reuters. Beblawi, que foi ministro das Finanças, acrescentou que ainda não decidiu quem ocupará a pasta e administrará a grave crise econômica do país.

A tarefa não deverá ser fácil para Beblawi, que, segundo a imprensa estatal, oferecerá postos a integrantes do Partido Justiça e Liberdade, braço político da Irmandade Muçulmana, e também para os salafistas do partido Nour. No entanto, a Irmandade se recusa a participar das negociações para a formação de um governo interino. Trazer a Irmandade de volta para o jogo político será uma das missões do presidente interino, Adly Mansour. Caso contrário, os embates violentos entre os militantes da organização radical islâmica e o Exército podem evoluir para um conflito civil.

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(Com agência Reuters)

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