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Mais de 120 homens são presos após estupro coletivo na África do Sul

Os suspeitos são acusados de violentar oito mulheres durante gravação de videoclipe em uma mina abandonada

Por Da Redação
Atualizado em 3 ago 2022, 18h24 - Publicado em 3 ago 2022, 16h04

A polícia da África do Sul prendeu mais de 120 homens após suposto estupro coletivo de oito mulheres na cidade de Krugersdorp, a oeste de Joanesburgo. O suspeitos são imigrantes ilegais que trabalhavam como garimpeiros em minas da região, conhecidos como “zama-zamas”.

O crime teria ocorrido na última quinta-feira 28, quando uma gangue de homens armados invadiu um set de filmagem. O ataque ocorreu em uma mina abandonada da província de Gauteng, onde uma equipe de 22 pessoas, incluindo 12 mulheres, estava gravando um videoclipe.

“Os suspeitos ordenaram que todos se deitassem e estupraram oito das mulheres e roubaram todos os seus pertences antes de fugir do local”, disse o comissário de polícia local, tenente-general Elias Mawela, à agência de notícias Associated Press. O oficial informou que a polícia está investigando outras 32 denúncias de estupro na área.

Os detidos enfrentam acusações que incluem posse de armas de fogo e mineração ilegal. No entanto, só poderão ser julgados pela suposta agressão sexual se testes de DNA acusarem seu envolvimento com o crime.

Os mineiros, ou “zama-zamas”, vêm de países como Moçambique e Zimbábue para tentar ganhar a vida nas milhares de minas de ouro abandonadas da África do Sul.

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Na segunda-feira 1, mais de 80 garimpeiros presos no último final de semana compareceram ao Tribunal de Magistrados de Krugersdorp. Durante a audiência, se descobriu que cerca de 20 eram jovens que deveriam ser julgados no sistema de justiça infantil.

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Do lado de fora do tribunal, centenas de pessoas – inclusive do grupo anti-migrante Operação Dudula – realizaram um protesto acusando a polícia de não fazer o suficiente para combater a violência.

Os imigrantes ilegais são culpados pela população local por crimes como assaltos e violência sexual. Contudo, grupos de direitos humanos alertam que os suspeitos estão sendo alvo de xenofobia.

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O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, pediu que os civis ajudassem a encontrar aqueles que realizaram o ataque da última quinta-feira.

“Esses atos horríveis de brutalidade são uma afronta ao direito de mulheres e meninas de viver e trabalhar em liberdade e segurança. Pedimos às comunidades que trabalhem com a polícia para garantir que esses criminosos sejam presos e processados”, disse o chefe de Estado.

O incidente destacou mais uma vez o problema crônico de violência de gênero na África do Sul. Nos primeiros três meses deste ano, foram registrados pelo menos 10.818 casos de estupro, um aumento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2021. Acredita-se que o número real seja muito maior devido à subnotificação dos casos.

Segundo a ONG People Opposing Women Abuse (Powa), que defende a igualdade de gênero na região, apenas 8,6% dos casos de estupro no país resultam em condenação.

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