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Mais de 1.000 morreram desde início do conflito em Misrata

De acordo com a direção do hospital da cidade, 80% dessas pessoas eram civis

Por Da Redação
18 abr 2011, 08h03

Os combates na cidade de Misrata, na Líbia, desde o fim de fevereiro deixaram pelo menos 1.000 mortos e 3.000 feridos, informou nesta segunda-feira a direção do hospital da cidade cercada pelas forças governamentais. “No total, 80% dos mortos são civis”, declarou o administrador do hospital, o médico Khaled Abu Falgha.

De acordo com Falgha, apenas no domingo morreram 17 pessoas e outras 71 ficaram feridas na cidade, 200 quilômetros ao leste de Trípoli. O médico afirmou que desde a semana passada foram internados pacientes com ferimentos graves provocados por bombas de fragmentação, armas que estão proibidas. Os rebeldes acusam as tropas leais a Muamar Kadafi de utilizar tais bombas, o que Trípoli nega.

Os fiéis a Kadafi bombardeiam Misrata de forma ininterrupta, desde quinta-feira passada, ao amanhecer e durante a noite, enquanto de dia se escondem para escapar dos ataques das forças da Otan, segundo os rebeldes. Um morador da cidade, a terceira maior do país e sob assédio há sete semanas, explicou que as forças governamentais atacam voluntariamente os bairros residenciais, com mulheres e crianças como principais vítimas.

Os bombardeios tentariam acabar de forma sistemática com as estruturas econômicas da localidade, como as fábricas de produtos alimentícios e lácteos, que ficaram totalmente destruídas pelas bombas nas últimas 24 horas em uma tentativa de aumentar a fome da população.

Resposta – Saif al-Islam Kadafi, filho de Muamar Kadafi, negou que o regime líbio tenha cometido qualquer crime contra o povo, em uma entrevista ao jornal Washington Post. “Não cometemos nenhum crime contra nosso povo”, declarou Kadafi, 38 anos, ao desmentir as acusações de que as forças líbias estão bombardeando os manifestantes antigovernamentais.

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Ele comparou as acusações aos relatórios prévios à guerra no Iraque que afirmavam que o regime de Saddam Hussein escondia armas de destruição em massa. “É exatamente como as armas de destruição em massa. Armas de destruição em massa, armas de destruição em massa, armas de destruição em massa! Vai e ataca o Iraque. Civis, civis, civis! Vai e ataca a Líbia. É a mesma coisa”, disse.

A Otan comanda o respeito a uma zona de exclusão aérea aprovada pela ONU para defender os civis e pede a Kadafi que abandone o poder. O filho do ditador líbio afirmou ainda ter nomeado para o governo muitos reformistas, mas destacou que vários passaram para o lado da rebelião e têm papéis importantes no Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão insurgente.

Saif disse ainda que a rebelião é controlada pela Al Qaeda e negou as acusações de ataques do regime contra civis em Misrata.

(Com agências France-Presse e EFE)

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