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Mãe e filha são queimadas vivas por não pagar dote

Shanno, de 22 anos, e sua bebê de oito meses estavam dormindo juntas numa cama quando quatro homens as atacaram. Um deles era marido da vítima

Por Da Redação
19 jun 2014, 09h29

Uma mulher e sua filha morreram queimadas vivas pelo marido e por três parentes dele por não pagarem um dote matrimonial de 200 mil rúpias (cerca de 7.400 reais) e uma moto, informou nesta quinta-feira a imprensa local. Os assassinatos ocorreram na terça-feira na cidade de Khananka, no estado de Uttar Pradesh, no norte do país, quando o marido, os sogros e um cunhado da mulher, que se chamava Shanno e tinha 22 anos, a queimaram viva enquanto ela dormia, disse um porta-voz policial ao jornal Times of India. A filha, um bebê de oito meses, que dormia perto da mãe, também morreu queimada.

Segundo o jornal indiano, ontem foram detidos os quatro assassinos, que confessaram o crime. A polícia suspeita que eles torturavam a mulher desde o casamento, realizado há mais de um ano, para que pagasse o dote. O estado de Uttar Pradesh, o mais populoso da Índia, vem se notabilizando em casos de violência extrema contra mulheres. Somente neste mês de junho, já houve pelo menos cinco vítimas mulheres estupradas e assassinadas em seguida. Três destas vítimas foram enforcadas.

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Na Índia, as mulheres são obrigadas a pagar ao noivo e a sua família um dote, prática proibida por lei, mas que ainda sobrevive no país. As famílias dos noivos exigem dotes em dinheiros, joias e, em alguns casos, podem incluir carros e até imóveis. Segundo dados da Fundação Vicente Ferrer, que monitora a violência contra as mulheres, entre 25.000 e 100.000 indianas são assassinadas a cada ano por causa do dote.

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Diante das crescentes críticas a respeito da falta de segurança para as mulheres, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse ontem que a proteção da mulher deve ser uma prioridade no país. “Respeitar e proteger às mulheres deve ser uma prioridade para todas as pessoas deste país, já que, para seguirmos nosso caminho rumo ao desenvolvimento, necessitamos respeitá-las e garantir sua segurança”, declarou o premiê recém empossado.

Modi se referiu à violência contra a mulher na Índia em seu discurso ao Parlamento nacional para expor suas linhas de governo, transmitido pela TV local. O chefe de governo indiano pediu que deixassem “de analisar a psicologia que há por trás de cada estupro”, após uma série de comentários que definiu como “inapropriados” por parte de diferentes políticos sobre as causas da violência contra a mulher na Índia.

(Com agência EFE)

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