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Maduro lança campanha de reeleição em ritual xamânico

Presidente promete 'revolução econômica' na Venezuela, país castigado pelas políticas de seu governo

Por Da Redação
Atualizado em 23 abr 2018, 21h19 - Publicado em 23 abr 2018, 21h13

Em um ritual xamânico, que incluiu bênçãos e rezas em nome de Deus e de Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu início nesta segunda-feira (23) a sua campanha de reeleição com a promessa de tirar a economia do país do atoleiro. A eleição, que deveria acontecer apenas no final deste ano, foi remarcada pelo governo para 20 de maio.

O evento se deu no parque de Puerto Ordaz, no Estado Bolívar, em frente de  uma enorme cascata em La Llovizna. Enfeitado com um cocar de penas pretas, marrons e brancas, o xamã da etnia pemón pronunciou orações, pôs a mão direita sobre a cabeça de Maduro e o ungiu com “água benta”. A primeira-dama, Cilia Flores, também foi abençoada.

O xamã ofereceu sua bênção ao presidente para ele “estar em paz com o senhor Deus e com o nome de (Hugo) Chávez”, referindo-se ao ex-presidente venezuelano e mentor de Maduro. Chávez criou e espalhou o bolivarianismo ao longo de seus 14 anos de governo e faleceu em 2013.

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Enquanto meninos indígenas cantavam e dançavam em círculos a redor do casal presidencial, Maduro e Cilia beberam a água,  coletada no Parque Nacional Canaima. Trata-se de um reservatório natural de 30.000 quilômetros quadrados em Bolívar, Estado fronteiriço com o Brasil.

“Obrigado por me dar toda essa força”, disse Maduro depois da cerimônia.

Ao final da cerimônia, Maduro liderou o  primeiro comício de sua campanha eleitoral, em San Félix,  na periferia de Puerto Ordaz. “Há cinco anos, eu era um novato ferido”, afirmou, referindo-se à sua eleição logo depois da morte de Chávez. “Hoje sou um presidente com experiência.”

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Maduro prometeu “uma revolução na economia” no país, castigado pela hiperinflação, desinvestimento e escassez de alimentos, de remédios e de produtos básicos causados pela política econômica de seu governo.

Os Estados Unidos, a União Europeia e vários países latino-americanos, entre os quais o Brasil, ainda insistem para que Maduro mantenha o calendário original de eleição, em apoio ao argumento da oposição de que não haverá tempo hábil para ser realizada em maio. No início do ano, Maduro fixara 22 de abril como data do pleito, mas diante da reação da assembleia da Organização dos Estados Americanos, adiou para 20 de maio.

Embora a Mesa de Unidade Democrática (MUD), a frente de oposição venezuelana, tenha se negado a apresentar candidatos, o dissidente Henri Falcón decidiu se candidatar convencido de que capitalizará a insatisfação popular.

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(Com EFE)

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