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Maduro decreta data de eleição como ‘Dia de Lealdade a Chávez’

Vicente Díaz, do Conselho Nacional Eleitoral, afirmou que a medida é "ato grosseiro de manipulação eleitoral"

Por Da Redação
6 nov 2013, 07h48

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou a data das eleições municipais, no próximo dia 8 de dezembro, como “Dia da Lealdade” ao ex-presidente Hugo Chávez, morto em março deste ano, informa o Diário Oficial publicado nesta terça-feira. A exótica medida, pouco tempo após a criação do curioso Ministério da Suprema Felicidade, foi imediatamente criticada pelo reitor do Conselho Nacional Eleitoral, Vicente Díaz, que a qualificou de “ato grosseiro de manipulação eleitoral”. Exatamente no recém criado “Dia da Lealdade a Hugo Chávez e do Amor à Pátria” – nome oficial da data comemorativa -, a Venezuela elegerá prefeitos e vereadores em todo o país.

Durante a tarde, Maduro defendeu o decreto sob o argumento de que o 8 de dezembro marca o primeiro aniversário da última aparição pública de Chávez antes de viajar a Cuba para se tratar de um câncer. O caudilho retornaria meses depois à Venezuela, onde faleceu. “Este ano a data coincide com eleições. Vamos votar, e cada um decidirá por sua vontade política. Vocês acham que devemos anular este decreto apenas porque há eleições, esquecendo nosso comandante Chávez? Seria uma fraqueza ceder a esta chantagem de mentes perversas”, disse Maduro.

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Vicente Díaz afirmou que o decreto “é uma ação de intromissão clara do Poder Executivo com a realização de atos, em todo o país, exatamente quando se realiza a jornada eleitoral. Isto é uma absoluta e inaceitável manipulação” das eleições. A Mesa da Unidade Democrática, que reúne partidos opositores de distintas correntes e apoiou Henrique Capriles na eleição presidencial de abril, considera a votação para prefeitos e vereadores uma espécie de plebiscito do governo de Maduro.

Díaz é considerado a voz dissonante dentro do Conselho Eleitoral, e o único dos cinco reitores a denunciar os abusos cometidos pelo governo. Segundo a oposição, o Conselho Eleitoral é parcial e serve ao “chavismo”, enquanto o governo considera o órgão “o mais limpo do mundo”.

(Com agência France-Presse)

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