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Macri vai reabrir investigação da misteriosa morte do promotor Nisman

Após um ano de investigações, a Justiça argentina ainda não foi capaz de determinar se o caso se tratou de um suicídio, de um suicídio induzido ou de um assassinato

Por Da Redação
18 jan 2016, 07h04

Na véspera do primeiro aniversário da morte de Alberto Nisman, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, se comprometeu neste domingo a ajudar a esclarecer esse caso e também o atentado contra uma associação judaica que o promotor investigou durante uma década e pelo qual denunciou a ex-presidente Cristina Kirchner. O presidente tornou pública sua postura após receber as filhas de Nisman, Iara e Kala, em seu sítio na província de Buenos Aires.

Durante o encontro, Macri declarou que considerava uma “dívida pendente” com a família do promotor o reconhecimento ao trabalho que realizou para tentar determinar as causas e os responsáveis do sangrento atentado que matou 85 pessoas em 1994. Como fruto de sua investigação, Nisman pediu a captura de ex-funcionários do governo iraniano e acusou a então presidente Cristina de tentar acobertá-los. O promotor pretendia falar perante o Congresso argentino em 19 de janeiro de 2015 para dar detalhes sobre a denúncia por acobertamento, mas um dia antes foi achado morto com um tiro na cabeça no banheiro de seu apartamento de Buenos Aires.

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Após um ano de investigações e com um expediente de mais de 9.000 páginas sobre a mesa, a Justiça não pôde determinar se o caso se tratou de um suicídio, de um suicídio induzido ou de um assassinato. Esta última hipótese é a que sustenta a família de Nisman. Como argumentos destacam, entre outros, a ausência da pólvora em suas mãos e de impressões digitais na pistola que o matou, que pertencia ao técnico de informática Diego Lagomarsino, que garante que a emprestou ao promotor um dia antes.

No entanto, os peritos oficiais opinam que não são provas conclusivas e descartam a presença de uma segunda pessoa no banheiro onde o promotor foi achado morto. A fim de favorecer a investigação, Macri emitiu um decreto para desclassificar toda a informação relativa a Nisman desde setembro de 2012 até o momento. Além disso, suspendeu o sigilo que garantia aos agentes e ex-agentes dos serviços de inteligência que tenham ou tiveram acesso a informações confidenciais. Com isso, eles podem voltar a ser convocados a prestar depoimento na causa relativa à morte do promotor.

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Tanto o governo de Cristina Kirchner (2007-2015) como os serviços de inteligência ficaram no olho do furacão após a morte de Nisman, que provocou um terremoto político e a mobilização de milhares de pessoas para exigir respostas da Justiça. A desclassificação de informação poderia reabrir a causa contra a ex-presidente, que foi arquivada em maio do ano passado.

(Com agência EFE)

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