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Macri no segundo turno é duro golpe para Cristina Kirchner na Argentina

Com 97,17% das urnas apuradas, o candidato apoiado pelo governo argentino conquistou pouco mais de 2% vantagem sobre o oposicionista Mauricio Macri

Por Da Redação
26 out 2015, 14h52

O partido da presidente Cristina Kirchner e seu candidato Daniel Scioli receberam um duro golpe nas eleições presidenciais que, no domingo, levaram o opositor Mauricio Macri para o segundo turno. Com 97,17% das urnas apuradas, Scioli obtém 36,86% dos votos e Macri, que concorreu pela coalizão Frente Cambiemos, 34,33%. Macri, de 56 anos, conseguiu um resultado que nem os mais otimistas de seus simpatizantes acreditavam, ao ficar a menos de três pontos do candidato governista, que analistas e pesquisas apontavam com uma ampla vantagem. Algumas pessoas da equipe de Scioli acreditavam, inclusive, na possibilidade de vitória em primeiro turno.

Apesar de ter visto seu filho e sua cunhada eleitos neste domingo, nem tudo são flores para Cristina. Com a confirmação do segundo turno e a expressiva votação dos eleitores que optaram por mudança, a probabilidade do kirchnerismo ser definitivamente varrido do governo federal (o vice de Scioli, é Carlos Zanini, homem de confiança de Cristina) é real e já acendeu o sinal amarelo na Casa Rosada. As declarações oficiais nesta segunda foram todas frias e protocolares, mostrando que o governo sentiu o peso das urnas.

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Essa será a primeira vez que a Argentina realizará um segundo turno em suas eleições, em 22 de novembro. “É o começo de uma nova etapa”, ressaltou Macri nesta segunda-feira durante coletiva de imprensa, na qual admitiu “surpresa e emoção” com os resultados. A eleição irá definir como a Argentina, terceira maior economia da América Latina, irá lidar com problemas econômicos como a inflação de dois dígitos, as reservas de moeda estrangeira perigosamente baixas e o calote da dívida soberana. O desempenho surpreendentemente robusto do prefeito pró-mercados de Buenos Aires turbinou os mercados de capitais do país nesta segunda-feira. Os títulos argentinos alcançaram valor recorde e as ações chegaram a subir mais de 20%.

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Scioli, apoiado pela presidente Cristina Kirchner, está concorrendo com uma plataforma de “mudança gradual” e prometeu manter os populares programas sociais da atual mandatária. Macri, por outro lado, postula uma mudança rápida para abrir a economia, comprometendo-se a começar a desmanchar o câmbio protecionista e os controles comerciais em seu primeiro dia no cargo se vencer. O eleitorado de Sergio Massa, peronista dissidente que ficou em terceiro lugar com 21,27% dos votos, será o fiel da balança no segundo turno. “Scioli e Macri tentarão seduzir estes eleitores a partir desta segunda-feira”, afirmou o cientista político Rosendo Fraga, da empresa de consultoria Nueva Mayoría.

Nenhum candidato conseguiu 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado, o que garantiria a vitória no primeiro turno. No dia 22 de novembro, 32 milhões de eleitores devem retornar às urnas para definir o próximo presidente da Argentina. “Espero que todos que votaram nos outros candidatos da oposição pensando em uma mudança, sintam-se cômodos já que há um conjunto de líderes que irá representá-los”, declarou Macri dando o pontapé inicial para o segundo turno.

(Da redação)

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