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Lula critica países ricos e FMI em seu primeiro discurso público após câncer

Por Evaristo Sa
3 Maio 2012, 16h20

O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou nesta quinta-feira aos países ricos e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por enfrentarem a crise pedindo austeridade e beneficiando ao sistema financeiro, em seu primeiro discurso público em sete meses, durante os quais tratou de um câncer.

“Pedem austeridade aos pobres, aos trabalhadores e aos governos dos países mais frágeis economicamente. Contudo, ao mesmo tempo aprovam pacotes de ajuda e injeções de recursos no sistema financeiro, que beneficiam justamente aos setores responsáveis pelas ideias especulativas que provocaram a crise que estamos vivendo”, disse Lula. “O seja, castigam as vítimas da crise e distribuem prêmios aos que são responsáveis por ela. Isso é um grande erro”, completou o ex-presidente durante um seminário sobre cooperação entre Brasil e África promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Os países ricos estão enfrentando a crise com “corte dos investimentos públicos, diminuição dos salários, demissões, corte de benefícios dos trabalhadores e aumento da idade mínima para aposentadoria”, disse um Lula ainda convalescente, que chegou ao local caminhando com dificuldade, de bengala.

“A lógica pode ser resumida assim: ao sistema financeiro, todo o apoio para que não sofra com a crise; já aos trabalhadores, aos aposentados, aos mais frágeis, os mais pobres, nenhuma ajuda”, afirmou.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, herdeira política de Lula, tem criticado o “tsunami monetário” provocado, em sua opinião, pela expansão monetária da zona do euro. Segundo Dilma, este “tsunami” tem apreciado o real e afetado a competitividade da indústria nacional.

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Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, período durante o qual, segundo cifras oficiais, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza, criticou também o FMI, onde o Brasil pede maior peso.

“Parece que os organismos multilaterais não têm autoridade nem governança para fazer valer suas deliberações”, disse.

O ex-presidente recordou ainda que em 2009, os países do G20 chegaram a um acordo para reforçar a regulação dos mercados financeiros e lamentou que essas medidas não tenham sido postas em prática.

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