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Lula: acordo com Irã é exemplo para Israel

Por Da Redação
1 jun 2010, 14h09

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva censurou nesta terça-feira o ataque de soldados israelenses a um comboio de navios que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Para Lula, não é com ataques desta natureza que se alcança a paz no Oriente Médio e sim com o diálogo, a exemplo do acordo alcançado por Brasil e Turquia com o Irã, em maio, para a troca de urânio enriquecido.

“Existem milhões e milhões de razões para a gente construir a paz, mas não existe uma única razão para a gente construir a guerra”, disse Lula em discurso durante visita à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo. “Aquilo que os americanos não estavam conquistando há 31 anos, nós conseguimos em 18 horas de conversa e o Irã resolveu sentar à mesa para negociar numa demonstração de que o diálogo é a melhor forma de resolver os conflitos, não atirando como Israel atirou ontem num barco que ia levar comida para a Faixa de Gaza”, afirmou, completando que o barco “estava em águas internacionais”.

Brasileira a bordo – O governo brasileiro exigiu nesta terça-feira a libertação “pronta e incondicional” da cineasta brasileira Iara Lee, detida em Israel após o ataque a um comboio de navios que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Nesta manhã, Iara conversou com o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Israel e reclamou de não ter recebido autorização para contatar representantes brasileiros em Israel.

Iara Lee estava a bordo de um dos seis navios do comboio que levava ajuda humanitária a Gaza e que foi atacado por Israel na segunda-feira, em ação que deixou nove ativistas mortos. Os ocupantes da frota foram detidos ou deportados por Israel. “O governo brasileiro continua em contato permanente com as autoridades israelenses, instando-as a que libertem pronta e incondicionalmente a brasileira”, disse o Itamaraty.

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Segundo a chancelaria brasileira, a cineasta explicou que as autoridades israelenses exigiram, para sua libertação, a assinatura de uma declaração por ter entrado ilegalmente em Israel. “Iara Lee informou que não pretende assinar o documento, uma vez que foi presa pelas forças israelenses em águas internacionais”, diz a nota.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, também pediu a Israel a “liberação imediata” dos ocupantes e dos navios que faziam parta da frota humanitária. Em comunicado, ele condenou “os fatos que levaram a essa tragédia” e lamentou a morte de nove pessoas no ataque e outras vítimas causadas “pelo uso da força durante o incidente envolvendo o comboio que se dirigia a Gaza”.

O responsável da Otan uniu-se aos pedidos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Europeia (UE) a favor de uma investigação “rápida, imparcial, crível e transparente do incidente”. A nota foi emitida após uma reunião extraordinária dos embaixadores dos 28 países-membros da Otan, que foi solicitada pela Turquia. Na reunião, houve “uma extensa troca” de pontos de vista, segundo o secretário-geral, que não deu mais detalhes.

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Ataque – Na segunda-feira, militares israelenses abordaram uma frota de seis navios do movimento Gaza Livre que tentava furar o bloqueio para levar ajuda ao território palestino. A ação deixou nove ativistas mortos e gerou reações e condenações da comunidade internacional sobre Israel.

O governo de Israel havia dito durante a semana que não permitiria a entrada de quaisquer embarcações em águas da costa da Faixa de Gaza. Os israelenses, que permitem a entrada de ajuda humanitária a Gaza por fronteiras terrestres controladas, disse que a frota poderia desembarcar no porto de Ashdod. O Estado judeu mantém o bloqueio à Faixa de Gaza desde que o grupo militante palestino Hamas tomou o controle do território em 2007.

(Com Agência Estado e Reuters)

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