Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lugo diz que tentará resistir fora do Congresso

Paraguaio afirma que aceitará decisão do Congresso, mas acrescenta que vai 'impor resistência' por outras vias institucionais. Ele já recorreu à Justiça

Por Da Redação
22 jun 2012, 16h31

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, afirmou nesta sexta-feira à Rádio 10, da Argentina, que acatará o julgamento político votado no Congresso – que analisa nesta sexta o pedido de impeachment aprovado na véspera pela Câmara. “É preciso acatá-lo (o julgamento político), é um mecanismo constitucional, mas a partir de outras instâncias organizacionais certamente vamos impor resistência”, afirmou.

Leia também:

Leia também: Parlamentares esperavam a hora certa para impeachment

O ex-bispo de 61 anos, eleito em 2008, apresentou nesta sexta-feira uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça contra o processo, anunciou o seu advogado. “Não é mais um golpe de estado contra o presidente, é um golpe parlamentar disfarçado de julgamento legal, que serve de instrumento para um impeachment sem razões válidas que o justifiquem”, assegurou o chefe de estado.

Ele afirmou ainda ter recebido ligações de apoio de seus homólogos Hugo Chaves, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, Evo Morales, da Bolívia, assim como de Dilma Roussef e de Cristina Kirchner, da Argentina. Na quinta-feira à noite, os oito principais ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) chegaram ao Paraguai com a missão de defender o presidente Lugo.

Continua após a publicidade

Sessão – A defesa de Lugo terminou há pouco de apresentar suas argumentações no Senado paraguaio. A principal alegação dos advogados é a de que o processo de impeachment contra Lugo é inconstitucional. Os advogados reclamaram também do pouco tempo dado à defesa do presidente.

De acordo com informações do jornal paraguaio ABC Color, os defensores de Lugo fizeram referência à ausência de delito e à falta de elementos para vincular o presidente aos confrontos em Curuguaty. “Não foi apresentada sequer uma prova contra Lugo. Solicitamos a rejeição das argumentações da acusação”, afirmou o advogado Emilio Camacho em sua fala.

De acordo com o regulamento aprovado na quinta-feira pelo Senado, os senadores emitirão sua sentença às 16h30 (horário local, 17h30 em Brasília) desta sexta. Lugo é acusado de “mau desempenho de suas funções” no caso do confronto armado que deixou 17 mortos, entre policiais e camponeses durante uma reintegração de posses em uma fazenda do nordeste do país no último dia 15. Se for considerado culpado, Lugo será imediatamente afastado do cargo, que seria assumido pelo vice-presidente, o liberal Federico Franco, até a realização de eleições gerais previstas para abril de 2013.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.