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Liz Cheney ataca Trump e diz pode concorrer à presidência dos EUA

A deputada republicana, que votou a favor do impeachment de Trump em 2021, perdeu a indicação do partido à Câmara para um candidato trumpista

Por Amanda Péchy
17 ago 2022, 12h07

A deputada republicana dos Estados Unidos, Liz Cheney, prometeu nesta quarta-feira, 17, fazer tudo o que puder para manter Donald Trump fora da Casa Branca e disse que decidirá nos próximos meses se vai concorrer à presidência em 2024. O anúncio veio após o resultado eleitoral das primárias de Wyoming, em que ela perdeu a indicação de seu partido à Câmara dos Deputados para um candidato endossado pelo ex-presidente.

A vitória de Harriet Hageman, trumpista de carteirinha, marca uma vitória significativa para o ex-presidente em sua campanha para eliminar do Congresso os republicanos que apoiaram seu impeachment. O processo foi instaurado depois que uma multidão de seus apoiadores invadiu o Capitólio, sede do Congresso americano, no ano passado.

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Cheney é uma crítica ferrenha de Trump, que desempenha um papel proeminente na investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio. Ao admitir a derrota, disse que não estava disposta a “concordar com a mentira do presidente Trump sobre a eleição de 2020” só para ganhar uma primária, disputa intrapartidária para decidir quem concorrerá contra a oposição.

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“Seria necessário que eu permitisse seus esforços contínuos para minar nosso sistema democrático e atacar os fundamentos de nossa república. Esse era um caminho que eu não podia tomar”, disse ela a apoiadores.

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Em um programa da rede de televisão americana NBC, nesta quarta-feira, Cheney afirmou que “fará o que for preciso para manter Donald Trump fora do Salão Oval” e que está considerando concorrer à presidência.

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“É algo em que estou pensando, e tomarei uma decisão nos próximos meses”, disse. Ela acrescentou que ainda tem muito trabalho a fazer no comitê que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

“Acredito que Donald Trump continua a representar uma ameaça e um risco muito grave para nossa república. E acho que derrotá-lo vai exigir uma frente ampla e unida de republicanos, democratas e independentes. E é disso que pretendo fazer parte”, declarou Cheney.

Em Wyoming, Hageman ganhou 66,3% dos votos de eleitores republicanos, seguida por Cheney, com 28,9%, segundo a Edison Research, uma empresa de monitoramento eleitoral.

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Como Wyoming é um reduto republicano, a vitória de um democrata em novembro contra a candidata de Trump torna-se improvável. Outros estados irão determinar se o presidente Joe Biden manterá sua maioria estreita no Congresso, onde espera-se que os republicanos retomem a Câmara – e também têm uma chance de ganhar o controle do Senado.

A derrota de Cheney é o mais recente sinal da influência duradoura de Trump sobre o Partido Republicano. O pré-candidato presidencial não-oficial fez do fim da carreira legislativa de Cheney uma prioridade entre os 10 republicanos da Câmara sob sua mira (o grupo que apoiou seu impeachment em 2021).

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Cheney, filha do ex-vice-presidente republicano Dick Cheney, usou sua posição no comitê do Congresso que investiga as circunstâncias do ataque ao Capitólio para atingir Trump, focando em suas ações para incentivar a invasão naquele dia e nas falsas alegações de que ele venceu as eleições de 2020.

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Caso obtenham o controle do Congresso em novembro, há a expectativa de que os líderes republicanos dissolvam a investigação de 6 de janeiro. Os novos representantes assumem seus cargos em janeiro.

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Hageman, uma advogada que abraçou as mentiras eleitorais de Trump, criticou Cheney pelo foco em Trump, e não no seu estado.

“Ela ainda está se concentrando em uma obsessão pelo presidente Trump e os cidadãos de Wyoming, os eleitores de Wyoming enviaram uma mensagem muito alta esta noite”, disse Hageman à emissora americana Fox News.

Dos 10 republicanos que apoiaram o impeachment, é possível que apenas um – Dan Newhouse, de Washington – esteja no Congresso após a eleição de novembro.

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