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Liga Árabe oferece ‘saída segura’ se Assad renunciar

Países árabes também conclamaram a oposição a formar governo de transição

Por Da Redação
22 jul 2012, 21h27

Reunidos em Doha, no Catar, para discutir a guerra civil síria, os países da Liga Árabe pediram neste domingo ao ditador Bashar Assad que renuncie rapidamente à Presidência e lhe ofereceram em troca uma “saída segura”, informou o primeiro-ministro catariano, xeque Ben Hamad al Thani Jassam.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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“Há um acordo sobre a renúncia rápida do presidente Bashar Assad visando uma saída segura. Pedimos que renuncie rapidamente ao poder em troca de uma saída segura”, disse o xeque Hamad à imprensa ao final do encontro da Liga Árabe.

Os países árabes também conclamaram a oposição e o Exército Sírio Livre (ESL) a formar um governo de transição. “A oposição e o ESL estão convocados a formar um governo de unidade nacional”, disse o premiê do Catar, que ainda pediu a Assad para adotar uma posição corajosa a fim de salvar seu país. “Ele pode deter a destruição e as mortes na Síria tomando uma decisão valente”, afirmou o premiê.

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Refugiados – Os participantes do comitê ministerial da Liga Árabe encarregado da crise também decidiram conceder uma ajuda de 100 milhões de dólares aos refugiados sírios,que as Nações Unidas calculam em 112.000. Na abertura da reunião, Hamad estimou que é preciso soliciar ao emissário internacional Kofi Annan que prepare a transição política na Síria assim que concluir seu trabalho para deter o banho de sangue no país, que já dura mais 16 meses.

A missão de Annan “deve mudar” para garantir “uma transição pacífica do poder” na Síria, declarou o xeque, evocando as iniciativas árabes e internacionais neste sentido. O comitê ministerial para a Síria, presidido pelo Catar, reúne Arábia Saudita, Omã, Egito, Sudão, Argélia, Iraque e Kuwait.

Combates – O impasse em torno na crise síria prosseguiu no final de semana, quando Bashar Assad reapareceu na televisão para empossar o novo chefe das Forças Armadas, Ali Abdullah Ayyoub , depois do atentado de quarta passada que matou integrantes de sua cúpula de segurança.

Ao mesmo tempo em que a escalada dos conflitos levou à morte de pelo menos mais 111 pessoas neste domingo, alegaram os Comitês Locais de Organização, rede ligada às forças opositoras – só na última uma semana, a organização contabiliza 1.261 mortes.

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Os combates prosseguem nas duas maiores cidades do país, Aleppo e a capital Damasco. Testemunhas afirmam que o acesso à cidade foi isolado por barreiras e tanques de guerra do regime, mas os conflitos seguem restritos a poucos bairros. Enquanto isso, na fronteira com a Turquia, a oposição anunciou que tomou o controle do posto fronteiriço de Bab al Salam, o terceiro este mês.

ONU – Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, 30 dias de extensão à missão dos observadores da ONU na Síria. O mandato dos observadores – parte do plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan – expiraria na noite do mesmo dia.

A proposta de extensão do prazo partiu de França, Alemanha, Portugal e Grã-Bretanha. Moscou havia ameaçado bloquear o projeto, mas o seu embaixador na ONU, Vitaly Churkin, finalmente votou a favor. Rússia e China vetaram na véspera uma resolução com sanções ao regime sírio.

(Com agências France-Presse e EFE)

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