Liga Árabe anuncia a supensão da Síria do grupo
No total, 18 dos 22 membros da Liga votaram a favor de convidar as correntes opositoras para conversações sobre transição no país islâmico

Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 3.500 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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A Liga Árabe anunciou, neste sábado, a decisão de suspender a Síria do grupo e pediu a retirada dos embaixadores árabes de Damasco. Foram pedidas sanções contra o regime de Damasco e a oposição síria foi convidada para falar de transição.
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“Fazemos um convite a todas as correntes da oposição para que cheguem a um projeto único para a transição na Síria”, disse o primeiro-ministro do Qatar, Hamad ben Jassem al-Thani.
O representante sírio na Liga Árabe, Youssef Ahmed, afirmou que a decisão é ‘ilegal e infringe o regulamento interno’. Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias síria Sana, Ahmed acusou a Liga Árabe de estar submetida aos interesses dos Estados Unidos e do Ocidente.
Ele também disse que a resolução significa ‘a morte do trabalho árabe comum’, referindo-se ao acordo feito na semana passada entre a Liga e a Síria, que previa a cessação da repressão aos opositores ao regime. A falta de compromisso de Damasco motivou a decisão da Liga.
A resolução ficará em vigor até que Damasco cumpra o acordo anterior. Ela foi aprovada por 19 dos 22 membros da entidade, com o voto contrário de Líbano e Iêmen e a abstenção do Iraque.
(Com agências EFE e France-Presse)