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Líderes do partido governista renunciam no Egito

Agora, o ditador Mubarak fica sem o apoio de importantes aliados - inclusive de seu filho, que abandonou o posto de presidente do comitê político da legenda

Por Da Redação
5 fev 2011, 13h49

O senador Hosam Badrawi assume como novo secretário-geral e chefe do comitê político da legenda

A liderança do Partido Nacional Democrático, legenda à qual pertence o ditador do Egito, Hosni Mubarak, renunciou a seus postos neste sábado. Mubarak perde, portanto, dois importantes aliados: o secretário-geral do partido, Safwat el-Sharif, e Gamal Mubarak, filho do ditador, que presidia o comitê político da legenda. De acordo com a TV Al Arabiya, Mubarak também teria renunciado ao posto de presidente do PND, mas ainda não há confirmação oficial.

O senador Hosam Badrawi assume como novo secretário-geral e chefe do comitê político da legenda. Milhares de manifestantes permanecem na Praça Tahrir, principal palco dos protestos contra Mubarak, para pedir a saída do ditador.

Mais cedo, o primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, declarou que o país se encontra em vias de recuperar a estabilidade institucional. “Devemos ser otimistas. As instituições do estado recuperam a normalidade e a situação é melhor agora”, assegurou Shafiq.

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O premiê reuniu-se com Mubarak, quatro ministros encarregados de assuntos econômicos e o chefe do Banco Central, Farouk Oqda para discutir a situação no país. Para Shafiq, o “Dia da Partida” – manifestação que reuniu mais de 100.00 pessoas na sexta-feira para pedir a renúncia de Mubarak – fracassou. Segundo ele, a situação na praça Tahrir é “tranquila e não há detenções de manifestantes”.

Quanto às conversas com os partidos da oposição, Shafiq disse que elas continuam, “apesar das diversas forças políticas com as quais se dialoga e de suas diferentes posições”, mas expressou a disposição do Executivo de “falar com todos”.”Tudo indica que em breve superaremos esta crise”, concluiu.

Apesar do discurso otimista de Shafiq, uma explosão atingiu um dos principais gasodutos da cidade de Arish, no norte da península egípcia do Sinai, a cerca de 70 quilômetros da Faixa de Gaza, neste sábado. Não há informações sobre vítimas. A emissora de TV pública egípcia levantou a possibilidade de a explosão ser consequência de um ataque, no entanto não há informações oficiais sobre o incidente até o momento. O gasoduto fornece gás natural para Israel e Jordânia.

Desde que tiveram início os protestos políticos contra o regime de Hosni Mubarak, a Península do Sinai foi um dos pontos de instabilidade, com duros enfrentamentos entre os beduínos e a polícia. Na sexta-feira, um grupo de beduínos lançou granadas contra um quartel da segurança do estado na cidade de Arish.

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EUA – A secretária de Estado americana Hillary Clinton defendeu neste sábado a democratização do Oriente Médio, insistindo, no entanto, nos “riscos de caos”, numa conjuntura regional “perfeita”, segundo ela, para uma “tempestade”. “No Oriente Médio, não vimos a democracia e a economia convergir no mesmo sentido”, disse, durante a 47ª Conferência sobre a segurança em Munique.

Segundo Hillary Clinton, é normal que jovens de menos de 30 anos, uma fração significativa da população dos países árabes, “peçam mais eficácia a seus governos, mais de acordo com suas necessidades”.

(Com agências France-Presse e EFE)

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