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Líder militar dos EUA diz que míssil chinês deu ‘volta ao mundo’

Em entrevista, vice-presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA alertou que Pequim pode já estar perto de ter capacidade de lançar ataque nuclear

Por Da Redação 17 nov 2021, 18h58

Um míssil hipersônico testado pela China neste ano “deu a volta ao mundo”, disse o segundo general mais sênior dos Estados Unidos em uma entrevista divulgada na última terça-feira, 16, dando detalhes sobre o processo e alertando que a China já estar perto de ter capacidade de lançar um ataque nuclear surpresa contra solo americano.

“Eles lançaram um míssil de longo alcance”, disse o general John Hyten, segundo no comando do Pentágono e vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, à CBS News. “Deu a volta ao mundo, foi solto de um veículo planador hipersônico que planou de volta à China, que impactou um alvo na China”.

Perguntado se o míssil atingiu o alvo, Hyten respondeu que chegou “perto o suficiente”.

General John Hyten, segundo no comando do Pentágono e vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, durante evento em Washington. 09/05/2020
General John Hyten, segundo no comando do Pentágono e vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, durante evento em Washington. 09/05/2020 (Anna Moneymaker/Getty Images)

No final de agosto, uma reportagem do Financial Times revelou que Pequim conduziu dois testes de armas hipersônicas, um em julho e outro em agosto.

Segundo informações divulgadas pelo jornal, o planador hipersônico carregava uma ogiva nuclear e foi lançado por um foguete do tipo Long Marche, desenvolvido pelos chineses. Esse míssil teria circulado a Terra em órbita baixa antes de aterrissar novamente em direção a um alvo. Na descida, porém, ele teria errado seu destino em 38 quilômetros.

As informações foram negadas pela China. De acordo com o governo do presidente Xi Jinping,  o teste foi feito com foguetes reutilizáveis, que poderiam reduzir o custo de lançamentos de espaçonaves no futuro.

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Conforme a China desenvolve sua própria versão de mísseis hipersônicos, o Pentágono também vem dando prioridade às armas do tipo. O Pentágono chegou a testar um míssil hipersônico no mies passado, mas sem sucesso, e afirma que pretende entregar a tecnologia já nesta década.

A fala do militar se dá poucas  semanas após a publicação de um relatório no qual o Pentágono afirma que Pequim está ampliando seu arsenal nuclear e pode ter mil ogivas nucleares até o fim da década. A estimativa, parte de um relatório da Defesa americana publicado no início de novembro, tem como base a rápida modernização das opções bélicas chinesas e a construção incessante de silos para mísseis.

“Por que estão construindo toda essa capacidade?”, disse Hyten na entrevista, que descreveu as capacidades militares chinesas como “colossais”.

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O número também representa um salto considerável, dado que em relatório similar do ano passado o governo americano estimativa que a China iria dobrar seu arsenal dentro de uma década. Segundo dados do Stockholm International Peace Research Institute publicados em julho, a China possui cerca de 350 ogivas nucleares. Estados Unidos e Rússia possuem 5.550 e 6.255, respectivamente.

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