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Líbia suspende relações diplomáticas com a França

Mais cedo, Obama disse que o seu país tem um “vasto leque de opções” para tirar Kadafi do poder

Por Da Redação
11 mar 2011, 20h39

A Líbia decidiu nesta sexta-feira “suspender” suas relações diplomáticas com a França, anunciou o vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Khaled Kaaim, durante uma entrevista coletiva. “Vamos encarregar posteriormente um outro país para representar nossos interesses na França”, declarou Kaaim. “O objetivo da França é unicamente dividir a Líbia”, afirmou.

A decisão acontece após o anúncio de Paris, na quinta-feira, de reconhecer os opositores líbios do Conselho Nacional de Transição (CNT) como “representantes legítimos do povo líbio”.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o seu país tem um “vasto leque de opções” para tirar o ditador líbio Muamar Kadafi do poder. Ele afirmou que o “mundo tem a obrigação de prevenir um massacre de civis na Líbia, similar aos que ocorreram em Ruanda e na Bósnia, na década de 1990.

“Eu não tirei nenhuma das opções da mesa”, afirmou o presidente americano. “Aos poucos, estamos apertando o cerco a Kadafi.” A Casa Branca também intensificou a pressão ao anunciar que ampliou as sanções contra o regime, congelando os ativos de alguns membros da família do ditador.

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Europa – Os líderes da União Europeia (UE), que se reuniram em Bruxelas, também concordaram em examinar as possibilidades para proteger a população líbia. Contudo, o bloco não fez menção à controversa zona de exclusão aérea em seu comunicado final sobre o encontro. Os governos da Grã-Bretanha e da França vinham pressionando os outros 25 membros da UE a elaborar planos para ajudar os rebeldes, o que incluiria a imposição da medida.

Nesta sexta, Kadafi decidiu suspender as relações diplomáticas com o governo francês. A medida ocorre um dia depois de o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciar que reconhecia o Conselho de Governo Provisório, constituído por rebeldes e sediado em Bengasi, como verdadeiro representante do povo líbio.

ONU – Já o secretário-geral da organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, informou que seu enviado especial para a Líbia, o ex-ministro de Relações Exteriores jordaniano, Abdel Ilah al-Khatib, viajará ao país norte-africano neste fim de semana para se reunir com membros do governo.

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Ban encarregou Khatib de transmitir a Kadafi a “inquietação da comunidade internacional” pela situação da população civil líbia, e reiterar os pedidos para que ele ponha “fim imediato à violência e permita a chegada de assistência humanitária”. “Pedi a Khatib que transmita às autoridades líbias nos termos mais claros a preocupação da ONU e da comunidade internacional, tal como se expressou nas resoluções do Conselho de Segurança”, afirmou Ban em declaração à imprensa.

Combates – A área residencial próxima à região petrolífera de Ras Lanuf, a cerca de 450 quilômetros ao oeste de Bengasi, foi novamente submetida a um intenso bombardeio, nesta sexta-feira. Os rebeldes, que na última quinta recuaram, perdendo espaço para as forças leais a Kadafi, tentaram recuperar sua posição. Mas a força dos ataques governistas provocou baixas entre os opositores. Além de Ras Lanuf, o governo confirmou que já retomou a cidade ocidental de Zawiya, alvo de intensas disputas na última semana.

(Com agências France-Presse e Estado)

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