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Libertados os opositores detidos nos protestos em Moscou

Polícia havia detido manifestantes que protestavam contra a eleição de Putin

Por Da Redação
6 mar 2012, 03h30

A polícia de Moscou libertou nesta terça-feira todos os opositores detidos um dia antes em dois protestos para denunciar uma suposta série de fraudes nas eleições presidenciais de domingo, vencidas pelo atual primeiro-ministro, Vladimir Putin.

“As autoridades de Moscou detiveram na noite de segunda-feira 250 pessoas, entre elas (os opositores) Ilya Yashin, Serguei Udaltsov e Alexei Navalni, por participação em atos públicos não autorizados e desobediência às forças da ordem”, explicou um porta-voz da Polícia da capital russa.

Mais de 100 foram detidos na Praça Lubyanka, famosa por abrigar a sede do Serviço Federal de Segurança (antiga KGB), quando se aproximavam da Comissão Eleitoral Central (CEC).

Os efetivos antidistúrbios começaram as detenções dos radicais, liderados pelo criador do proscrito Partido Nacional Bolchevique, Eduard Limonov, quando os ativistas opositores tentaram romper o cordão policial em torno da CEC.

Mais tarde, 100 outros opositores foram detidos na Praça Pushkinskaya, também no centro de Moscou, onde minutos antes fora concluída uma grande manifestação para denunciar ‘as diversas falsificações’ detectadas durante a votação.

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Ao término do protesto autorizado, dezenas de opositores liderados por Udaltsov se concentraram em torno de uma fonte da praça com a intenção de iniciar outro protesto para exigir a repetição das eleições parlamentares e presidenciais.

Agentes das forças especiais da polícia os cercaram e exigiram que abandonassem a praça, mas uma hora mais tarde, diante da negativa dos manifestantes, começaram as detenções.

Em São Petersburgo, a polícia deteve 300 pessoas durante a noite, divulgaram as autoridades da segunda maior cidade da Rússia.

Fraude – A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce) denunciou nesta segunda-feira, em Moscou, várias irregularidades, particularmente a contagem dos votos “em cerca de um terço dos colégios eleitorais” e tachou de “claramente tendenciosas” as condições da campanha favorável a um candidato.

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No domingo, observadores e oposição asseguraram que tinham constatado numerosas fraudes. As autoridades russas não responderam ao veredito da Osce, mas Tatiana Voronova, da comissão eleitoral, citada pela Interfax, denunciou uma visão “politizada” e “inadequada” da situação na Rússia.

O portal control2012.ru, criado para contar os votos, registrou nesta segunda-feira cerca de 6.000 casos de violação da legislação eleitoral, em particular casos de “transporte maciço de eleitores”, uma técnica que permite a um grupo votar várias vezes em diferentes seções com autorizações fraudulentas.

A ONG russa Golos afirmou, nesta segunda-feira, que segundo suas próprias estimativas, Putin obteve 50,26% dos votos no primeiro turno, e não 64%. A situação garantiu a realização de eleições democráticas, depois da onda de protestos sem precedentes a partir das denúncias de fraude por parte da oposição e dos observadores independentes nas legislativas de dezembro passado.

(com Agências EFE e France-Presse)

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