Legalização da maconha, salário mínimo e caça são temas de eleição
Eleição desta terça nos EUA vai muito além da escolha de deputados e senadores. Confira algumas das 125 propostas que serão votadas
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Da Redação
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4 nov 2014, 06h44
Eleitores da Califórnia votam nas eleições de meio mandato dos EUA (Eric Thayer/Getty Images)
Apesar de ser o ponto mais importante das eleições desta terça-feira nos Estados Unidos, a definição da composição do Congresso para os dois últimos anos de mandato do presidente Barack Obama não é a única coisa em jogo. Muito pelo contrário. Os eleitores terão uma série de decisões a tomar.
Muitos cargos locais estão em disputa, desde a composição do legislativo local, até novos procuradores-gerais e secretários de Estado – responsável por supervisionar o processo eleitoral e emitir licenças para empresas, entre outras atribuições.
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O leque de propostas também é muito variado e vai de decisões relacionadas à legalização da maconha, aumento do salário mínimo e até à realização de testes de drogas para médicos. No total, 125 propostas serão votadas. Saiba mais sobre algumas delas:
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1. Legalização da maconha
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(Reuters/VEJA)
Eleitores de alguns Estados americanos decidirão nas urnas se apoiam ou não a legalização da maconha. No Alasca, a proposta sobre permissão de uso recreacional da droga não recebeu muito apoio oficial, mas teve como defensora a repórter de uma emissora local que se demitiu ao vivo ao revelar que era dona de um clube de maconha.
No Distrito de Columbia, o voto será para permitir a posse. No entanto, o Congresso americano tem autoridade para intervir na lei local. No Oregon, onde o uso da maconha para fins medicinais foi aprovado em 1998, a legalização do uso recreacional estará em análise. Atualmente, apenas o Colorado e Washington liberam o uso recreativo da droga.
Na Flórida, os eleitores deverão decidir nas urnas se aprovam o uso da maconha para fins medicinais.
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2. Aumento do salário mínimo
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(Reprodução/VEJA)
Em quatro Estados os eleitores também poderão decidir sobre o valor do salário mínimo. No Alasca, o piso pode passar dos atuais 7,75 dólares a hora para 8,75 dólares a hora em 2015 e 9,75 dólares em 2016.
No Arkansas, que tem um dos salários mínimos mais baixos do país, de 6,25 dólares a hora, a proposta é aumentar para 7,50 dólares em 2015 e acrescentar 50 centavos de dólar nos dois anos subsequentes.
Na Dakota do Sul os trabalhadores decidirão se aumentam o salário para 8,50 dólares a hora – o texto também prevê reajustes anuais diferenciados para funcionários que ganham ou não comissão, com base no custo de vida no Estado, informou o Politico, site noticioso de Washington.
No Nebraska, a proposta prevê aumento dos atuais 7,25 dólares a hora para 8 dólares no ano que vem e 9 dólares em 2016.
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3. Restrições para caça
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(Heitor Feitosa/VEJA)
Os direitos dos animais também serão decididos nestas eleições. Pela segunda vez em dez anos, o Maine decidirá sobre o veto ao uso de iscas, cachorros e armadilhas na caça aos ursos. Grupos de defesa aos animais alegam que estes métodos são cruéis tanto para os ursos como para os cachorros.
Em Michigan, os eleitores serão questionados sobre a aprovação de um período de caça de lobos cinzentos, cuja população cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Já no Alabama e Mississippi, os americanos vão decidir se incluem ou não na legislação local o direito de caçar e pescar.
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4. Controle de armas
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(VEJA.com/AFP)
O Estado de Washington votará leis completamente opostas em relação ao controle de armas. Uma delas determina a checagem de antecedentes para compradores de armamentos, incluindo para exposições. Outra proíbe a checagem, exceto se for exigido por uma lei federal. Não há consenso entre especialistas sobre qual medida prevalecerá no caso de as duas serem aprovadas e é possível que o assunto vá parar na Suprema Corte.
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5. Bafômetro para médicos
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(Thinkstock/VEJA)
Os eleitores da Califórnia decidirão nas urnas se os médicos devem se submeter a testes periódicos para detectar uso de álcool ou drogas.
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6. Fim ao acúmulo de papel
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(John Moore/Getty Images)
No Estado de Nova York, os eleitores vão decidir se os projetos em discussão na Assembleia local poderão ser enviados eletronicamente aos parlamentares, sem a obrigatoriedade de imprimi-los e entregá-los pelo menos três dias antes da votação. Se for aprovada, a medida evitará a impressão de 19 milhões de páginas a cada dois anos, destaca o New York Times.