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Kim Jong-un reúne cúpula do partido para discutir ‘situação tensa’

Encontro acontece antes da viagem do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para compromisso com o americano Donald Trump

Por Da Redação
10 abr 2019, 11h24

O ditador norte-coreano Kim Jong-un convocou para esta quarta-feira, 10, uma reunião com a alta cúpula de seu partido para analisar o que descreveu como uma “situação tensa” no país, segundo informou a agência de notícias estatal KCNA.

Não ficou claro se a convocação emergencial tem relação com a viagem do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que deve chegar ainda nesta quarta a Washington para um encontro com o líder americano Donald Trump.

A reunião do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores também será a primeira desde o encontro fracassado entre Kim e Trump realizado em fevereiro, que terminou sem qualquer acordo importante depois de um impasse em torno da desnuclearização norte-coreana.

Um artigo da KCNA, no entanto, afirma que a reunião pretende se concentrar nos esforços de Pyongyang para desenvolver a economia local. Segundo a agência, em uma outra conversa com aliados realizada na terça-feira 9, Kim determinou que as autoridades do governo mostrem “uma atitude cordial”, compatível com a postura esperada dos “dirigentes da revolução, diante da tensa situação imperante, para manter as novas linhas estratégicas do partido”.

No início de abril, Kim declarou que esta “nova linha estratégica” do partido seria a “construção de uma economia socialista” e ainda garantiu que os objetivos de desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte já foram alcançados.

A reunião de hoje com o Comitê Central “decidirá a nova orientação e formas de luta alinhadas com a situação revolucionária imperante”, segundo a agência estatal, e é consequência de “uma profunda análise” do norte-coreano a respeito “dos temas que exigem solução urgente no partido e no Estado”. Este também é o último compromisso do ditador antes de sua nova legislatura entrar em vigor, na quinta-feira 11.

Reuniões com Trump

Trump e Kim se reuniram pela primeira vez em Singapura em junho do ano passado, quando assinaram um documento vago sobre a “desnuclearização da península coreana.” Mas o fracasso em alcançar acordos durante um segundo encontro, no Vietnã em fevereiro, provocou diversos questionamentos sobre o futuro do processo.

Durante a reunião no Vietnã, as duas partes manifestaram o desejo de prosseguir com o diálogo e Trump reiterou que tem uma boa relação pessoal com Kim.

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Pouco depois da reunião de cúpula, no entanto, fotos de satélite sugeriam uma retomada das atividades no centro de lançamento de satélites em Sohae, uma revelação que motivou um alerta internacional diante da suspeita de que a Coreia do Norte preparava lançamentos de longo alcance que ameaçavam as nações vizinhas.

A reunião de quarta-feira pode definir uma reorganização do partido e de seus dirigentes, o que poderia incluir a substituição de Kim Yong Chol, o enviado norte-coreano para as negociações com os Estados Unidos, que foi acusado de ser o “principal responsável pelo fracasso da reunião de Hanói”, explica Cheong Seong-chang, analista do Sejong Institute.

“Ele poderia ser substituído por uma pessoa mais flexível e pragmática, mas se continuar (no cargo) as negociações sobre desnuclearização não serão fáceis”, completou.

A Coreia do Norte mantém a postura recente de evitar críticas pessoais a Trump. Ao comentar as sanções contra o país, o regime norte-coreano afirmou no mês passado que era “uma ação contra a humanidade que pode destruir a civilização moderna e provocar um retrocesso à idade da pedra”.

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(Com Agência France-Presse)

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