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Kim Jong-un ficou ‘gravemente doente’ durante crise da Covid, diz sua irmã

Kim Yo-jong comunicou que o líder da Coreia do Norte estava com ‘febre alta’ (sinônimo de coronavírus no país), ao alegar que o país venceu o vírus

Por Da Redação
11 ago 2022, 10h00

A Coreia do Norte declarou uma “vitória brilhante” em sua batalha contra a Covid-19 nesta quinta-feira, 11, mas a irmã de Kim Jong-un sugeriu que ele estava entre os que contraíram o vírus.

Durante uma reunião de profissionais de saúde e cientistas em Pyongyang, Kim pediu a flexibilização das restrições contra o vírus e afirmou que o número oficial de 74 mortos era um “milagre sem precedentes na história da comunidade mundial de saúde”, segundo a mídia estatal norte-coreana.

Kim disse que “a vitória conquistada por nosso povo é um evento histórico que, mais uma vez, mostrou ao mundo a grandeza de nosso estado, a tenacidade indomável de nosso povo e os belos costumes nacionais dos quais nos orgulhamos”, reportou a agência de notícias estatal KCNA.

Sua influente irmã, Kim Yo-jong, culpou a Coreia do Sul pelo surto de coronavírus no país, que teria enviado panfletos de propaganda contaminados através da fronteira por meio de balões. Ela também alertou para uma retaliação “mortal” se Seul não impedir que ativistas continuem a enviar os panfletos.

No discurso supostamente recheado de palavrões, a irmã do líder norte-coreano alegou que o surto era, na verdade, uma “farsa histérica” iniciada pelo Sul, em uma tentativa de aumentar o nível de tensões entre os países.

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“Os fantoches [sul-coreanos] ainda estão empurrando panfletos e objetos sujos em nosso território. Devemos ser duros em combatê-los”, disse ela. Ativistas e grupos desertores no Sul há anos usam balões através da fronteira para distribuir panfletos críticos a Kim Jong-un.

Kim Yo-jong sugeriu, ainda, que seu irmão havia contraído o vírus, dizendo que ele estava entre as dezenas de milhões de norte-coreanos que ficaram com “febre”.

“Mesmo estando gravemente doente com febre alta, ele não conseguiu se deitar por um momento, pensando nas pessoas que teve que cuidar até o fim diante da guerra contra a pandemia”, disse ela.

A Coreia do Norte, cuja infraestrutura precária de saúde estava mal preparada para lidar com um grande surto, insistiu que não havia registrado um único caso de Covid-19 nos primeiros dois anos da pandemia.

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Desde maio deste ano, contudo, registrou cerca de 4,8 milhões de casos de “febre” entre sua população de 26 milhões de pessoas, mas identificou apenas uma fração deles como Covid-19 – possivelmente para evitar criar alarme público e por falta de kits de teste para a doença.

Especialistas questionam o baixo número de mortos na Coreia do Norte e os relatórios oficiais de que houve zero novos casos desde 29 de julho. O país tem um dos piores sistemas de saúde do mundo, com hospitais mal equipados, poucas unidades de terapia intensiva (UTIs) e nenhum medicamento ou vacina para o tratamento da Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse no mês passado acreditar que a situação estava pior, não melhor, em meio à ausência de dados independentes. Não houve resposta da OMS às alegações do regime de que erradicou o vírus.

A Coreia do Norte rejeitou ofertas internacionais de vacinas, embora não esteja claro se Kim e outras figuras importantes do partido no poder foram vacinadas.

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Segundo especialistas, o vírus deve ter entrado na Coreia do Norte depois de reabrir brevemente sua fronteira com a China para comércio em janeiro, e depois se espalhou devido a um desfile militar em abril.

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