Kiev e milícias pró-russas acusam-se de violação da trégua
Em conversa telefônica com Joe Biden, vice-presidente dos EUA, Petro Poroshenko mostrou preocupação com a segurança na fronteira com a Rússia
Por Da Redação
24 jun 2014, 08h08
As autoridades da Ucrânia e as milícias separatistas pró-russas se acusaram mutuamente nesta terça-feira de violação da trégua estipulada ontem, após o cessar-fogo ordenado pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko, como o primeiro passo de um plano de paz para as regiões do sudeste do país. “Os guerrilheiros não interromperam os ataques contra as posições das tropas ucranianas”, comunicou Vladislav Selezniov, porta-voz do comando da operação militar que o governo de Kiev realiza nas regiões de Donetsk e Lugansk.
Selezniov acrescentou que, na noite desta segunda-feira, depois que líderes pró-russos aceitaram aderir ao cessar-fogo, pelo menos dois postos fortificados das tropas ucranianas foram atingidos por disparos, sem que houvessem baixas entre os efetivos. Os militares ucranianos, segundo Selezniov, não estão realizando nenhum tipo de operação e se limitam a missões de vigilância e de defesa de “determinados setores” da fronteira da Ucrânia, em alusão à faixa limítrofe com a Rússia.
Segundo um representante do comando das milícias pró-russas de Lugansk, o Exército ucraniano atacou com fogo de artilharia a cidade de Privolie ontem à noite. “Há vítimas, bombardeiam a mina Privolnianka”, disse o porta-voz das milícias à agência russa Interfax. A mina Privolnianka é um importante centro minerador próximo à cidade de Privolie, no leste ucraniano.
A trégua foi estipulada ontem na cidade de Donetsk, capital de região homônima, nas primeiras conversas entre representantes do governo de Kiev e os líderes da insurgência pró-russa. “Chegamos ao acordo de uma trégua até às 10 horas da manhã em 27 de julho”, declarou no final da reunião o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, que representou o governo nas conversas, nas quais também participou o embaixador russo em Kiev, Mikhail Zurabov.
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Apoio dos EUA – O vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, reafirmou o firme apoio de Washington ao plano de paz do presidente ucraniano durante uma conversa telefônica na qual ambos trataram dos últimos eventos na Ucrânia, informou nesta segunda-feira a Casa Branca. Biden se referiu ao apoio da Casa Branca ao desarmamento de todos os grupos ilegais, a libertação de reféns, a desocupação de edifícios oficiais e a volta da lei e da ordem em todo o território da Ucrânia.
Poroshenko insistiu na importância de que a Ucrânia tenha pleno controle sobre sua fronteira para prevenir a chegada de milicianos armados e munição, que na atualidade continuam atravessando a fronteira entre Ucrânia e Rússia.
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