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Kerry tenta manter Israel e palestinos na mesa de negociações

Em reunião com Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, Kerry reafirmou sua crença no progresso das tratativas de paz

Por Da Redação
6 nov 2013, 11h38

O secretário de Estado americano, John Kerry, em visita à Jerusalém, tem a missão de tentar manter na mesa de negociações os representantes israelenses e palestinos, que acusam uns aos outros de sabotar o processo de paz. “Estou preocupado com o avanço [das negociações] porque vejo que os palestinos estão criando crises artificiais e fogem das decisões firmes que são necessárias para estabelecer uma paz verdadeira”, declarou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. “Espero que sua visita os ajude a seguir novamente para um local onde possamos conseguir a paz histórica que tanto buscamos”, disse Netanyahu a Kerry.

“Há três meses acertamos certos termos”, recordou Netanyahu, referindo-se ao fato de que o estado hebreu aceitou a exigência palestina da libertação de mais de 100 prisioneiros, apesar de rejeitar o congelamento da colonização. “Respeitamos escrupulosamente os termos do acordo e o entendimento a partir do qual lançamos as negociações”, afirmou Netanyahu.

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Os negociadores palestinos afirmaram na terça-feira que se recusam a continuar com as tratativas enquanto Israel prosseguir com os assentamentos. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no entanto, adotou uma postura menos beligerante e disse acreditar na paz com Israel, durante uma entrevista coletiva em Belém, na Cisjordânia. “Chegamos a um acordo com os americanos para realizarmos sessões intensivas durante nove meses e espero que consigamos chegar a uma solução pacífica e justa”, declarou.

Kerry reiterou sua crença no avanço das negociações de paz. “Ainda nos restam seis meses, segundo o calendário fixado, e confio em nossa capacidade para obter progressos”, assegurou o secretário americano. “Necessitamos de espaço para negociar de forma tranquila, e continuaremos fazendo isso”, acrescentou Kerry, que pediu às partes um silêncio total sobre o conteúdo das discussões.

O secretário de Estado dos EUA chegou na noite desta terça-feira a Israel para uma visita destinada a relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos. Após sair de Israel, Kerry irá para Belém para se reunir com Abbas. A visita de John Kerry à região acontece no momento em que, segundo a imprensa israelense, Israel propôs que o traçado da barreira de separação na Cisjordânia sirva de base para as discussões de paz, e não as linhas de antes de 1967, como querem os palestinos.

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Os negociadores israelenses propuseram a seus homólogos palestinos que essa barreira (com 85% de seu traçado na Cisjordânia, isolando 9,4% do território palestino, o que inclui Jerusalém Oriental, segundo a ONU) sirva de ponto de partida para as discussões, indicaram nesta terça-feira o jornal Yediot Aharonot e a rádio pública israelense. Israel também deseja manter algumas colônias judaicas isoladas da Cisjordânia – Beit El, Psagot e Nokdim -, segundo as mesmas fontes.

Consultado a respeito, um porta-voz de Netanyahu não confirmou as informações, indicando que não comentaria as negociações em andamento. A questão da soberania sobre Jerusalém também foi abordada, indica a imprensa israelense. “Os detalhes não estão claros, mas durante um encontro foi discutida uma zona na qual as duas partes estarão livres para circular”, explica o Yediot.

Irã – Na reunião entre Kerry e Netanyahu, a questão iraniana também foi abordada. Diante da recente aproximação de Washington com Teerã, o primeiro-ministro israelense reiterou que “enquanto continuarem os esforços do Irã para enriquecer urânio, as pressões internacionais devem continuar”.

(Com agências EFE e France-Presse)

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