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Kerry diz que situação atual entre palestinos e Israel é ‘insustentável’

Secretário de Estado dos EUA está em Berlim em visita oficial. Em Jerusalém, ministros mais moderados querem a volta das negociações com os palestinos

Por Da Redação
22 out 2014, 07h52

O secretário de Estado americano John Kerry disse nesta quarta-feira que as relações atuais entre Israel e a Palestina são “insustentáveis”, e que os Estados Unidos estão conscientes da urgência da situação. “A situação atual, o status quo, é insustentável”, disse ele em uma entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, em Berlim. Ele acrescentou que é necessário encontrar uma maneira de negociar e disse que os EUA continuariam com esses esforços: “Obviamente, nós entendemos a urgência disso”, disse ele.

A visita de Kerry à Alemanha é marcada de simbolismo por ser pouco antes do 25 º aniversário da queda do Muro de Berlim, comemorado no próximo mês. Nesta quarta, o secretário de Estado irá ainda se encontrar com chanceler alemã Angela Merkel. Os laços entre Berlim e Washington ficaram abalados depois da revelação que agências de espionagem americanas bisbilhotaram as comunicações de funcionários do governo alemão e invadiram inclusive o celular de Merkel.

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Questão palestina – Os ministros israelenses de Finanças, Yair Lapid, e de Justiça, Tzipi Livni, revelaram que criarão uma frente no Parlamento para encorajar uma solução negociada com os palestinos e tentar reativar a política secularista que ambos defendem. O pacto, que segundo alguns comentaristas poderia abrir a porta para algum tipo de coalizão entre seus partidos, Yesh Atid e Hatenua, já pensando nas próximas eleições, consolidará uma frente de 25 cadeiras, dentro de uma coalizão do governo que tem 68.

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Livni contou em entrevista ao jornal Yedioth Ahronoth que nas últimas semanas conversou com Lapid e que ambos compartilham o mesmo interesse de que o governo volte à mesa de negociações com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Israelenses e palestinos abandonaram as negociações de paz no começo do ano, e não há perspectivas que as partes retomem o diálogo. O acordo entre os políticos consiste em manter a disciplina parlamentar nas votações relacionadas com o processo de paz, afetado no último ano por propostas de lei da direita nacionalista que encorajaram a colonização e pelo controle mais efetivo de Israel sobre a parte leste de Jerusalém. Vários deputados dos partidos de Lapid e Livni ameaçaram convocar as instâncias partidárias para tirá-los do governo de Netanyahu se eles não colaborassem na busca de soluções de paz.

Após um recesso de vários meses, o Parlamento israelense começará o período de sessões de inverno semana que vem, que deve ser bastante turbulento pela chance de convocação de eleições antecipadas. Outra possibilidade é a de Netanyahu se desassociar dos partidos de Livni e de Lapid, ambos de centro, para abrir espaço para os ultra-ortodoxos, e com eles tentar terminar a legislatura de quatro anos iniciada em 2013. Os principais analistas políticos do país acreditam que o governo, com sua atual composição, esgotou seus dias.

(Com agências Reuters e EFE)

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