Justiça permite ausência de Chirac em seu julgamento

Chirac é acusado de “desvio de fundos”, “abuso de confiança” e “uso ilícito de interesses” por dois casos que se referem a cerca de 30 empregos fantasmas nos anos 90

A Justiça francesa decidiu julgar o ex-presidente Jacques Chirac sem sua presença no tribunal. O anúncio foi feito depois de uma audiência de cerca de uma hora e meia sobre as consequências da ausência do ex-chefe do estado na corte.

Os advogados de defesa, que representam o ex-presidente, fizeram a notificação ao Tribunal Correcional da capital francesa. Segundo eles, Chirac não tem a capacidade completa para participar do desenvolvimento das audiências por razões de saúde.

Em resposta, o juiz Dominique Pauthe decretou que “não ordenará o comparecimento pessoal” do ex-presidente. Ele também afirmou que os debates do processo, cujo término está previsto para 23 de setembro, vão comerar na terça-feira.

Acusação – O ex-presidente Chirac (1995-2007) é acusado de desvio de fundos e abuso de autoridade para favorecer militantes de seu partido, a União para a República (RPR), com a criação, nos anos 1990, de cerca de 30 empregos fantasmas. Se condenado, Chirac pode pegar até 10 anos de prisão e 150.000 euros de multa.

Chirac ficou no poder até 2007, quando foi sucedido pelo atual presidente francês Nicolas Sarkozy. O ex-presidente publicou recentemente o segundo volume de suas memórias, em que diz que Sarkozy é um “homem nervoso e impetuoso que não duvida de nada e muito menos de si mesmo”.

(Com agência EFE)