Justiça embarga palacete de filha do rei da Espanha
Imóvel com sete quartos foi embargado pois o marido da infanta Cristina é acusado de desviar recursos públicos
A Justiça embargou nesta segunda-feira o luxuoso palacete de Pedralbes, que pertence à infanta Cristina de Borbón – filha do rei espanhol Juan Carlos – e a seu marido Iñaki Urdangarin. Segundo o site do jornal El País, o juiz José Castro determinou o bloqueio do imóvel, que fica em Barcelona, e de outras dezesseis propriedades menores dos duques de Palma – título real do casal – para cobrir uma fraude de 6,1 milhões de euros (18,3 milhões de reais) de Urdangarin e seu ex-sócio, Diego Torres. Ambos são acusados de terem desviado recursos públicos das administrações de Valência e Ilhas Baleares quando eles controlavam um instituto chamado Nóos.
O palacete de Pedralbes é uma mansão com sete quartos, dez banheiros e uma piscina. Ainda de acordo com o El País, somente a sala de estar do imóvel tem 120 metros quadrados. A propriedade está atualmente desocupada e à venda, por 10 milhões de euros. O embargo do juiz determina que metade do valor pago por Pedralbes, caso houver algum comprador, deve ser bloqueado para sustar as dívidas de Urdangarin e de seu ex-sócio com a Justiça.
Urdangarin, 45 anos, é casado com a filha mais nova de Juan Carlos, Cristina de Bourbon, e foi jogador profissional de handebol. Ele atuou pela seleção espanhola durante três Olimpíadas e durante dezesseis anos pelo time do Barcelona. Em 2011, o jornal El País revelou o escândalo de corrupção mostrando que o Instituto Nóos recebeu contratos no valor aproximado de 7 milhões de euros de entidades públicas para cumprir trabalhos de incentivo ao esporte que nunca foram realizados.
Depois de um ano de investigação da promotoria espanhola, Urdangarin e Diego Torres são acusados por fraude administrativa, má utilização de dinheiro público e falsificação de documentos. Urdangarin ainda responde a outras três acusações de fraude fiscal.
Infanta – A infanta Cristina, nome pelo qual ela é conhecida na Espanha, chegou a ser acusada de corrupção como cúmplice de seu marido. No entanto, a promotoria espanhola retirou as acusações alegando falta de provas.
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