Um tribunal de Justiça de Mianmar considerou culpado dois repórteres da Reuter por supostamente violarem o Ato de Segredos Oficiais, uma lei da era colonial do país. Kyaw Soe Oo e Wa Lone foram condenados a 7 anos de prisão por posse ilegal de documentos oficiais, conforme informações do jornal Financial Times.
Ambos se declararam inocentes diante das acusações e disseram à Justiça que foram vítimas de uma “armação” de policiais, que teriam plantado documentos em suas posses.
Na época da prisão, em dezembro, os jornalistas investigavam a morte de 10 homens e meninos muçulmanos da etnia Rohingya em uma vila no estado de Rakhine, no oeste do país. Os assassinatos aconteceram durante uma investida das forças armadas do país que provocaram a fuga em massa de 700 mil pessoas para Bangladesh, segundo as Nações Unidas.
No começo de agosto, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu a libertação imediata de dois repórteres ao se encontrar com o ministro das Relações Exteriores daquele país, Kyaw Tin.c