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Justiça condena assassinos de jovem negro após 18 anos

Mancha de sangue em jaqueta de suspeito identificou responsáveis pelo crime

Por Da Redação
3 jan 2012, 14h05

Dezoito anos depois da morte do britânico Stephen Lawrence, um jovem negro esfaqueado perto de um ponto de ônibus em Londres, os suspeitos Gary Dobson e David Norris foram condenados nesta terça-feira pelo crime de motivação racista e que teve grande repercussão na Grã-Bretanha.

A principal prova apresentada ao júri no Tribunal Central Criminal da Inglaterra, conhecido como Old Bailey, foi uma pequena mancha de sangue encontrada na jaqueta que Dobson usava no dia do assassinato. Exames de DNA determinaram que o sangue só poderia ser de Lawrence, na época com 18 anos. Testemunha da defesa, a mãe de Dobson afirmou que ele estava em casa no momento do ataque, mas foi desmentida pela evidência científica.

De acordo com a rede BBC, a sentença será proclamada na quarta-feira. “Não perdoo os rapazes que mataram Stephen. Eles não acham que fizeram nada de errado. Tiraram a vida de Stephen e não há nada no comportamento deles ou nada que mostra que eles se arrependeram das suas ações e da dor que causaram a nossa família”, declarou a mãe da vítima, Doreen Lawrence.

Gary Dobson (esquerda) and David Norris
Gary Dobson (esquerda) and David Norris (VEJA)
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O caso – Stephen Lawrence foi esfaqueado perto de um ponto de ônibus no bairro de Elthan, região sul de Londres, em abril de 1993. Após o início das investigações, a polícia identificou cinco suspeitos, mas uma sucessão de erros no inquérito e dois processos fracassados levaram a Scotland Yard – a Polícia Metropolitana de Londres – a ser bastante criticada pela opinião pública britânica. A instituição chegou a ser acusada de “racismo institucionalizado” por um juiz na década de 1990.

Só depois de uma revisão do caso, que durou quatro anos, cientistas descobriram uma evidência microscópica da participação no crime de dois dos cinco suspeitos iniciais – justamente Gary Dobson, de 36 anos, e David Norris, de 35. Ambos negaram o assassinato e alegaram que a mancha de sangue foi colocada na roupa pelos investigadores. Tanto Dobson quanto Norris já haviam sido condenados por outros crimes pela Justiça britânica. O primeiro por tráfico de drogas, em 2010, e o segundo por comportamento racista perigoso, em 2002.

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