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Justiça argentina condena símbolo da ditadura à prisão perpétua

Outros onze militar também receberam a pena máxima em julgamento que durou quase dois anos

Por Da Redação
26 out 2011, 22h28

O ex-oficial da Marinha de Guerra argentina Alfredo Astiz, 59 anos, símbolo da repressão criminosa durante a ditadura (1976-1983), foi condenado nesta quarta-feira à prisão perpétua, por crimes, torturas e sequestros.

“Condeno Alfredo Astiz à pena de prisão perpétua por privação ilegítima de liberdade, tortura e homicídio”, informou o veredicto do tribunal argentino.

Astiz, conhecido como o “Anjo louro da morte”, já foi condenado à prisão perpétua à revelia na França (1990) e na Itália (2007).

O comandante Astiz, reformado em 1998 por dizer à imprensa que “mataria” e “colocaria bombas” se recebesse ordens, foi considerado culpado do desaparecimento das freiras francesas Leonie Duquet e Alice Domon, da fundadora das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, e do escritor e jornalista Rodolfo Walsh, entre outras vítimas.

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O chefe de Astiz durante a ditadura, o comandante Jorge ‘Tigre’ Acosta, também foi condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, do mesmo modo que o comandante Ricardo Cavallo, preso no México e extraditado em 2008.

Os crimes foram cometidos na Escola de Mecânica da Armada (ESMA), um centro clandestino por onde passaram mais de 5 mil presos – apenas cem deles foram liberados com vida.

Dos dezoito acusados no processo, dois foram absolvidos, quatro receberam penas de entre 18 e 25 anos de prisão, e doze foram condenados à prisão perpétua. O julgamento durou quase dois anos.

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“A Justiça é a base para a democracia. Os que morreram na ditadura não deram sua vida em vão. Foi como uma semente. São todos mártires”, disse a freira francesa Geneviève Domon, irmã de Alice Domon, desaparecida durante a repressão.

“Esse julgamento é produto da luta de anos dos sobreviventes e dos organismos de direitos humanos”, disse Myriam Bregman, advogada da família do escritor Walsh, visto com vida pela última vez na ESMA, após ser ferido em uma emboscada.

(Com Agência France-Presse)

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