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Junta Militar decreta fim do estado de emergência no Egito

Extinção da lei, vigente desde 1981, era uma grande reivindicação dos rebeldes

Por Da Redação
24 jan 2012, 13h33

O chefe da Junta Militar egípcia, o marechal Hussein Tantawi, anunciou nesta terça-feira o fim do estado de emergência no Egito a partir desta quarta-feira, quando é celebrado o primeiro aniversário da revolução que derrubou Hosni Mubarak do poder. Em discurso à nação transmitido pela rede de televisão egípcia, Tantawi, autoridade máxima do país, disse que encerrará a medida de exceção em todas as províncias do país, exceto em “casos de violência”, sem entrar em detalhes sobre este ponto.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que, junto a seus filhos, é acusado de abuso de poder e de premeditar essas mortes.
  3. • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cede à pressão e renuncia ao cargo, deixando Cairo; em seu lugar assumiu a Junta Militar.

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A Lei de Emergência está vigente desde 1981, ano no qual o ex-presidente Anwar al-Sadat foi assassinado, e sua extinção foi uma das principais reivindicações dos ativistas durante os protestos. Tantawi, que comanda o Egito desde a renúncia de Mubarak, lembrou os mártires e os feridos nos protestos e afirmou que a cúpula militar compartilha as ideias da revolução. “O povo e as Forças Armadas têm o mesmo objetivo: que o Egito se transforme em um país democrático e a nova Assembleia do Povo (Câmara Baixa) é o primeiro passo neste caminho”, ressaltou.

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Em seu discurso, afirmou ainda que a Câmara, que foi inaugurada na segunda-feira, “é fruto da revolução”, já que é a primeira escolhida por livre vontade dos egípcios mediante eleições transparentes. “Confio que a Assembleia do Povo será um fórum livre para a democracia e uma fortaleza constitucional que represente o povo. Este Parlamento abrirá o caminho para mais reformas”, acrescentou.

Tantawi também agradeceu a alta participação dos cidadãos nas recentes eleições legislativas, nas quais os partidos islâmicos prevaleceram, e o trabalho desempenhado pelos diferentes governos que dirigiram o país na etapa de transição. O discurso do marechal acontece apenas um dia antes de o Egito celebrar dividido o primeiro aniversário da Revolução de 25 de Janeiro, já que muitos consideram que suas reivindicações não foram atendidas.

(Com agência EFE)

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