Julian Assange, do WikiLeaks, resolve virar político
De prisão domiciliar na Grã-Bretanha, ele decide concorrer ao Senado da Austrália
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, anunciou neste sábado pelo Twitter que pretende disputar uma vaga no senado australiano em 2013.
“Descobrimos que era possível para Julian Assange concorrer ao Senado australiano apesar de estar em prisão domiciliar”, afirma o site WikiLeaks. O comunicado explica ainda que Assange divulgará o estado para o qual vai se candidatar como senador apenas ‘no momento adequado’.
O governo australiano criticou o WikiLeaks em diversas oportunidades. A primeira-ministra, Julia Gillard, chamou o site de “totalmente irresponsável”.
Histórico – Assange está em prisão domiciliar na Grã-Bretanha há mais ano, à espera da decisão judicial sobre sua extradição para a Suécia, país em que é acusado de quatro crimes sexuais, entre eles um estupro.
Na última audiência, em fevereiro deste ano, Assange recorreu mais uma vez ao pedido sueco. Ele alega ser inocente. Afirma que as acusações estão ligadas a pressões do governo americano. O WikiLeaks teme que, caso Assange seja extraditado para a Suécia, Estocolmo o envie aos EUA.
O site WikiLeaks ganhou fama em 2010, ao divulgar documentos secretos de diversos países. Entre eles informações sigilosas dos Estados Unidos relacionadas às guerras os do Iraque e do Afeganistão. No mais recente vazamento de dados, foram publicados mais de 5 milhões de e-mails confidenciais da Stratfor, empresa americana privada de inteligência e análise estratégica
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(Com agência France-Presse)