Julgamento de Yulia Tymoshenko é adiado pela sexta vez
Tratamento médico de líder da oposição foi finalizado na semana passada
O tribunal Kíevski de Járkiv, no leste da Ucrânia, adiou nesta terça-feira pela sexta vez o início do segundo julgamento penal contra a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, acusada de desvio de fundos e evasão de impostos. A nova audiência será realizada no dia 14 de agosto, com esperança de que seja aceito o pedido da promotoria para que a acusada, líder da oposição nas eleições parlamentares de outubro, participe do processo judicial por videoconferência.
Yulia, que cumpre uma pena de sete anos por abuso de poder por assinar contratos de gás com a Rússia considerados onerosos pelo atual governo da Ucrânia, continua se negando a comparecer ao julgamento por padecer de dores nas costas. Na sexta-feira, contudo, o tratamento médico ao qual ela foi submetida após uma greve de fome foi terminado.
O segundo julgamento contra Tymoshenko pode não ser a última ofensiva legal empreendida pelas autoridades ucranianas contra ela. A Procuradoria Geral anunciou em junho que prepara uma acusação formal de assassinato contra a ex-primeira-ministra. O assessor da promotoria, Renat Kuzmín, afirmou que o órgão judicial tem provas que Tymoshenko está envolvida no assassinato do empresário Yevgueni Sherbán, ocorrido em 1996.
Desde que a ex-premiê foi presa em agosto do ano passado, a Ucrânia enfrenta uma grande pressão de toda a comunidade internacional, e especialmente da União Europeia (UE), para que liberte a líder opositora, que se declara inocente de todas as acusações.
A UE denuncia que o encarceramento de Tymoshenko ocorreu por motivos políticos e reivindica que ela possa participar das próximas eleições parlamentares ucranianas. Yulia Tymoshenko afirma que os processos foram ordenados por seu rival político, o atual presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, para retirá-la da vida política.
(Com agência EFE)