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Juízes do caso Pussy Riot negam pressão de Putin

Duas integrantes foram condenadas a 2 anos de prisão por vandalismo

Por Da Redação
11 out 2012, 12h39

A juíza do Tribunal Municipal de Moscou Larisa Poliakova, que manteve presa duas das três integrantes do grupo musical Pussy Riot, disse nesta quinta-feira que sua decisão não foi influenciada por nenhum tipo de pressão por parte do governo russo. Três integrantes da banda foram presas em fevereiro depois de cantarem uma ‘oração punk’ contra o presidente Vladimir Putin.

“Ninguém nos pressionou”, afirmou a juíza em uma entrevista coletiva convocada logo após a análise do recurso contra a sentença de dois anos de prisão às duas integrantes do Pussy Riot, acusadas de ‘vandalismo motivado por ódio religioso’. A terceira integrante está em liberdade condicional.

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Durante a audiência que analisou o recurso, o advogado Mark Feiguín, que defende Nadezhda Tolokonnikova e María Aliojina, pediu à juíza que avaliasse as pressões exercidas sobre a Justiça pelo presidente Vladimir Putin que declarou, no último domingo: “Na realidade, concordo com a prisão e com a decisão tomada pelo tribunal, já que não se pode fazer cambalear as bases da moral, nem destruir o país. Elas tiveram o que queriam”.

A juíza disse estar segura da decisão tomada: “Temos ouvido as declarações de Putin, mas essa decisão quem toma somos nós mesmos”.

Outro juiz que tomou parte na deliberação do recurso, Yuri Pasiunin alegou que nem procurou entender a posição de Putin. “Sinceramente, eu não entrei na internet para saber o que disse Putin. Me inteirei durante as declarações das partes no julgamento” disse o magistrado.

Condicional – Pasiunin também explicou os argumentos que resultaram na libertação da terceira integrante do Pussy Riot, Yekaterina Samutsevich, que teve sua pena de dois anos de prisão substituída por uma condicional. “Yekaterina, da mesma forma que as demais, pôs o gorro, tocou guitarra, enfrentou os guardas de segurança. As outras já tinham começado a gritar, a fazer escândalo e a expressar suas emoções. Yekaterina simplesmente não teve deu tempo de gritar, já que tinham tirado ela do templo”.

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Os magistrados disseram ainda que as outras duas integrantes presas poderiam ter sido condenadas a sete anos de prisão, se não fossem mães. “A maternidade de Nadezhda Tolokonnikova e María Aliojina foi levada em conta como atenuante no julgado de primeira instância, mas, ao computar todas as circunstâncias dos fatos, a juíza estimou que sua reinserção só seria possível em condições de isolamento”, disse Larisa.

Divisão – Para Samousevich, as autoridades russas buscam semear a divisão entre as companheiras do grupo que permanecem na prisão. “O jogo das autoridades começou”, declarou, em entrevista ao canal de televisão REN-TV, que deve ser divulgada no sábado.

Ela afirmou, no entanto, que esta manobra do governo fracassou.”Temos as mesmas convicções e jamais pensamos em mudar. Jamais houve conflito dentro do grupo”, enfatizou.

(Com Agência France-Presse e EFE)

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