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Juiz retira guarda de criança de casal de mulheres e afirma que ela ficará melhor com pais heterossexuais

O juiz Scott Johansen disse que sua decisão foi baseada em uma pesquisa que conclui que crianças crescem melhor com heterossexuais. Ele, porém, não mostrou o levantamento

Por Da Redação
12 nov 2015, 14h37

Um casal de mulheres perdeu a guarda de sua filha adotiva de 1 ano depois que um juiz do Estado americano de Utah afirmou que a criança estaria melhor com pais heterossexuais, em uma decisão formal tomada na última quarta-feira. Segundo uma das mulheres, April Hoagland, contou à emissora de televisão local KUTV, o juiz Scott Johansen afirmou que “através de sua pesquisa descobriu que crianças em casas homossexuais não crescem tão bem quanto em casas heterossexuais”.

April acrescentou que, quando solicitado, o juiz não quis mostrar a pesquisa consultada. “Eu fui pega de surpresa porque não pensei que coisas desse tipo ainda acontecessem”, afirmou à KUTV. “Não é justo, não é certo e me magoa muito porque eu não fiz nada de errado”. Beckie Peirce, a outra mãe da criança, afirmou à emissora que podem existir outras razões por trás da decisão do juiz. “Eu acredito que seja por uma crença religiosa”, disse ela.

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Embora se trate de uma ordem judicial, a decisão colocou o Serviço de Cuidados às Crianças do Estado de Utah em uma situação bastante complexa, já que a retirada da guarda pode não ser completamente legal por chocar-se com leis federais. “Por um lado, eu não espero que meus assistentes sociais violem uma ordem da corte”, afirmou Brent Platt, diretor da Divisão de Serviços pela Criança e Família de Utah, “mas por outro lado, eu não espero que eles violem leis federais”.

Essa não é a primeira vez que uma decisão controversa do juiz Scott Johansen repercute no noticiário. Em 1995, no tribunal de Price, Utah, onde trabalhava na época, ele deu um tapa no rosto de um jovem de 16 anos, filho de um amigo seu, acusado de participar de um roubo. Johansen admitiu que sua reação foi errada, mas afirmou que por se tratar de um adolescente conhecido, ele não precisava agir como autoridade judicial.

No ano passado, Beckie e April decidiram se casar, mas só puderam confirmar a união em junho deste ano, quando a Suprema Corte legalizou o casamento homossexual nos EUA. Logo depois, quiseram adotar uma criança e, em agosto, receberam uma menina de 1 ano em sua casa, onde ela se juntou aos dois filhos biológicos do casal, e vive atualmente. A decisão de Johansen deve ser efetivada nos próximos sete dias, mas ainda cabe recurso.

(Da redação)

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