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Juiz ordena a Trump reativar programa que impede deportação de “dreamers”

Presidente anunciou em setembro a suspensão do Daca, colocando em risco de deportação quase 700.000 jovens que chegaram ainda crianças aos EUA

Por Da redação
25 abr 2018, 11h31

Um juiz federal dos Estados Unidos ordenou na terça-feira (24) que o presidente Donald Trump reative o programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, na sigla em inglês), com a admissão de novos solicitantes, além de continuar renovando os vistos dos seus atuais beneficiados, chamados de “sonhadores”. O Daca, criado pelo ex-presidente Barack Obama, protegia 700.000 jovens imigrantes da deportação.

O juiz John D. Bates, de Washington, considerou a revogação do Daca como “inexplicável” e, portanto, “ilegal”.  A medida tinha sido tomada por Trump em  setembro do ano passado. Bates disse que a iniciativa foi “arbitrária e caprichosa”, pois o governo “não explicou adequadamente em sua conclusão que o programa era ilegal”.

No entanto, o juiz congelou durante 90 dias a aplicação de sua decisão para dar a oportunidade ao governo dos Estados Unidos de justificar a revogação do programa. Se não apresentar argumentos relevantes, o governo “deverá aceitar e processar novas solicitações do Daca, assim como suas renovações” após os 90 dias, decidiu o juiz.

“Cada dia que a agência dilata (o programa) é um dia que um imigrante ilegal, que de outra maneira seria elegível para receber os benefícios do Daca, está exposto a uma deportação por uma ação ilegal”, concluiu Bates.

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O fim do Daca, ordenado em setembro do ano passado por Trump, deveria ter entrado em vigor no dia 5 de março, embora nunca tenha chegado a se materializar pelos desafios legais enfrentados pela decisão do presidente americano.

De fato, em janeiro, outro juiz federal já havia ordenado a reativação parcial do Daca com a admissão das solicitações da renovação para aqueles que já tinham recebido previamente os benefícios do programa e que estavam ficando sem a proteção.

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O programa foi promulgado em 2012 pelo antigo presidente Barack Obama para proteger da deportação e outorgar permissões temporárias de trabalho e residência para cerca de 700.000 jovens que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças, conhecidos como “dreamers” (sonhadores).

Nos seus planos para combater a imigração, o governo de Trump optou por derrogar o programa, considerando-o ilegal. Trump, no entanto, ofereceu aos democratas um novo plano para regularizar os 1,8 milhão de indocumentados, com a troca da aprovação no Congresso de 25 bilhões de dólares para levantar o muro na fronteira com o México, uma proposta que foi rejeitada pela oposição.

(Com EFE)

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