Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Juiz fica do lado da Apple em um caso de celular bloqueado

O caso aconteceu em NY e pode ajudar a Apple em sua disputa com o FBI na Califórnia. Hoje, o chefe do FBI e um diretor da empresa irão expor seus argumentos no Congresso

Por Da Redação
1 mar 2016, 09h01

Um juiz de Nova York se negou a obrigar que a Apple desbloqueie o iPhone de um acusado em um caso de narcotráfico aberto nos tribunais do distrito de Brooklyn, segundo uma sentença divulgada nesta segunda-feira. A causa foi aberta em outubro do ano passado e ficou a cargo do juiz James Orenstein, mas a sentença ganha força no contexto da queda de braço entre as autoridades com a Apple para acessar informação de um telefone usado no massacre de San Bernardino. Nesta terça, acontece o depoimento do chefe do FBI (a polícia federal americana), James B. Comey, e do diretor da Apple, Bruce Sewell, no Congresso americano, em Washington. Ambos foram convidados pelos congressistas apenas para exporem seus pontos de vista sobre o tema e o depoimento não faz parte de nenhuma investigação.

No caso do Brooklyn, o magistrado decidiu que as razões apresentadas pela procuradoria não justificam que se force a Apple a quebrar a chave de segurança no iPhone, por uma série de razões que detalha na sentença, de 50 páginas. “Após receber os fatos e os argumentos das partes, concluo que nenhum destes fatores justifica impor à Apple a obrigação de auxiliar a investigação do governo contra sua vontade. Por isso, nego a moção”, afirma a sentença.

Leia também

Brigando com o FBI, Apple trabalha para aumentar segurança do iPhone

Justiça dos EUA diz que recusa em desbloquear iPhone é ‘estratégia de marketing’ da Apple

Continua após a publicidade

Apple se nega a desbloquear iPhone de autor de tiroteio na Califórnia

O principal acusado, Jung Feng, foi detido no distrito nova-iorquino de Queens em 11 de junho de 2014 por trafico de drogas. Nas diligências policiais, as autoridades apreenderam vários objetos, incluindo um iPhone 5s, e pediram para que se permitisse resgatar a informação desse e outros telefones celulares. Embora outro juiz tenha autorizado essa busca e dado um prazo de duas semanas para executá-la, os agentes da Agência Americana Antidrogas (DEA, em inglês) tentaram acessar o conteúdo, mas foram incapazes de burlar a chave de segurança. Por isso, recorreram a um pedido judicial para forçar a Apple a ajuda-los.

Orenstein rejeitou os argumentos do FBI de que a Lei de Mandatos Judiciais, de 1789, dá autoridade aos procuradores para obrigar a Apple a ajudar os investigadores. Na decisão, o juiz disse que questões importantes de privacidade e tecnologia do século 21 devem ser decididas com base na legislação atual, e não por uma lei antiga reinterpretada.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.